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Brasil dispõe de fiscalização mais rigorosa que outros países, diz Tombini

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que "há muito tempo, o Brasil já dispõe de regulação e supervisão mais rigorosas que a maiorias das economias avançadas", com um quadro prudencial-regulatório, em vários aspectos.

12/08/2013 13:36

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Brasil dispõe de fiscalização mais rigorosa que outros países, diz Tombini

SÃO PAULO - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que "há muito tempo, o Brasil já dispõe de regulação e supervisão mais rigorosas que a maiorias das economias avançadas", com um quadro prudencial-regulatório, em vários aspectos, já bem próximo das exigências de Basileia 3. "Nesse contexto, a implantação do Basileia 3 no Brasil transcorrerá com tranquilidade", destacou.

"O Sistema Financeiro Nacional como um todo não necessitará de capital adicional para cumprir Basileia 3, e a sua adoção no Brasil terá impacto neutro sobre a expansão da oferta do crédito", afirmou Tombini.

Segundo ele, as estimativas do BC indicam que o capital do sistema será sempre superior às exigências "para um cenário de crescimento e retenção de resultados baseado na média dos últimos anos. "E o volume necessário para aqueles que demandarão capital entre 2017 e 2019 é relativamente baixo: cerca de 2% do capital total do Sistema", ressaltou Alexandre Tombini.

"A adoção de Basileia 3 no nosso quadro regulatório contribui para fortalecer a solidez do sistema financeiro nacional, melhorar o nosso custo de captação, além aumentar a possibilidade de expansão internacional dos nossos bancos", disse.

Ele fez os comentários na abertura do VIII Seminário Anual sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária realizado pela autoridade monetária.

Tombini afirmou que o BC "ampliou ainda" mais o monitoramento de todas as emissões de carteiras de crédito e de exposições de bancos a derivativos. "Conduzimos processo abrangente de supervisão para corrigir vulnerabilidades do sistema", apontou.

Basileia 3

Tombini afirmou que o Acordo de Basileia 3 representa um marco importante na regulação prudencial internacional. "Em 2008, vivenciamos a maior crise financeira dos últimos 70 anos - talvez, a maior da história do sistema financeiro internacional", disse. "Basileia 3 resulta do diagnóstico amplo e minucioso das principais causas da crise financeira de 2008", ressaltou.

Ele apontou que o Acordo é um produto de grande debate dos reguladores e supervisores das principais economias mundiais e contou também com a colaboração de acadêmicos e profissionais do sistema financeiro.

Segundo ele, Basileia 3 representa a principal resposta regulatória internacional à crise financeira de 2008 e tem por objetivo central fornecer uma base de capital mais robusta para a expansão sustentável do crédito, aumentar a capacidade das instituições financeiras de absorver choques e reduzir o risco de contágio do setor financeiro sobre o setor real da economia. "Em última análise, Basileia 3 visa auxiliar a manutenção da estabilidade", destacou.

"É um acordo técnico complexo, mas, no fundo, inspira-se no bom senso: qualquer banco para ser seguro para os seus clientes (famílias e empresas) precisa ter capital, provisões e liquidez suficientes para enfrentar situações de crise sem necessidade de ser resgatado pelo poder público", afirmou Tombini.

Segundo o presidente do Banco Central, a Basileia 3 melhora a aferição das exposições a riscos, eleva a quantidade e qualidade do capital, e "busca mitigar a pró-ciclicidade e a interconectividade" do sistema financeiro.

Fonte: Agência Estado

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