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Mais da metade das empresas do país não tem funcionários, diz IBGE

Em 2011, havia mais de 4,5 milhões de empresas ativas no Brasil. Somente 49,5% das empresas contavam com pessoal assalariado.

23/08/2013 10:24

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Mais da metade das empresas do país não tem funcionários, diz IBGE

Das mais de 4,5 milhões de empresas ativas no Brasil em 2011, menos da metade (49,5%) delas era de empresas com pessoal assalariado, conforme indica estudo divulgado nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No período analisado, havia 2,2 milhões de empresas com pessoal assalariado, das quais 90,4% (2 milhões) eram sobreviventes e 9,6% (216 mil) eram empresas que entraram em atividade. Já as empresas que saíram do mercado totalizaram 4% (90,7 mil empresas).

O estudo mostra que as empresas que entraram em atividade em 2011 foram responsáveis por um acréscimo de 3,5% no número de pessoal ocupado total, de 3% no pessoal ocupado assalariado e de 1,1% nos salários e outras remunerações pagas. A remuneração média foi de 1 salário mínimo.

Já as empresas que saíram do mercado, representaram uma diminuição de 1,5% no pessoal ocupado total, 1,3% no pessoal ocupado assalariado e 0,9% nos salários e outras remunerações. A remuneração média era de 2,1 salários mínimos.

Porte

Em 2011, os números apontam para uma relação direta entre o porte das empresas e a taxa de sobrevivência, pois enquanto nas empresas com 1 a 9 pessoas ocupadas esta taxa foi de 89%, para as empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas foi de 96,1%.

Por sua vez, nos movimentos de entradas (nascimentos e reentradas) e saídas, a relação é inversa. Nas empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas, a taxa de entrada foi de 11% e a de saída de 4,7%; enquanto as empresas com 10 ou mais apresentaram taxas de 3,9% e 1,2%, respectivamente. De acordo com o IBGE, essa tendência é observada em todos os anos do período analisado, entre 2008 e 2011.

Atividades

No caso das empresas com pessoal assalariado as maiores taxas de entrada em 2011, de acordo com a atividade econômica, foram observadas em Construção (18,4%); Outras atividades de serviços (12,5%); e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (12,1%).

As menores taxas de entrada foram observadas em Saúde humana e serviços sociais (7,1%); Indústrias extrativas e Atividades financeiras (7,3%); e Educação (8,0%) – que são as atividades que apresentaram maiores taxas de sobrevivência de empresas.

Por sua vez, as maiores taxas de saída foram observadas em Construção (5,8%); Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,0%); Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (4,9%); Outras atividades de serviços e Alojamento e alimentação (4,5%).

As maiores diferenças entre as taxas de entrada e saída de empresas do mercado com pessoal assalariado foram observadas nas atividades de Construção (12,6%); Outras atividades de serviços (8,0%); Atividades imobiliárias (7,9%); Artes, cultura, esporte e recreação (7,4%).

Gênero e escolaridade

Em 2011, analisando o pessoal ocupado assalariado segundo o sexo, observa-se que 63,3% do pessoal ocupado assalariado das empresas ativas e sobreviventes eram homens e 36,7% eram mulheres. Com relação ao pessoal assalariado vinculado à entrada de empresas no mercado em 2011, 62,4% eram homens, enquanto 37,6% eram mulheres. Com relação àqueles ligados às empresas que saíram do mercado, 59,5% eram homens e 40,5% mulheres.

Na composição do pessoal assalariado por nível de escolaridade, 90,0% do pessoal assalariado das empresas ativas em 2011 não tinham nível superior, enquanto 10% do pessoal assalariado apresentava nível superior.

Alto crescimento

Em 2011, havia 34.528 empresas de alto crescimento, que ocuparam 5 milhões de pessoas assalariadas e pagaram R$ 95,4 bilhões em salários e outras remunerações. O salário médio mensal foi de R$ 1.638,71.

Em relação ao conjunto das empresas ativas no país, elas representaram 0,8% das empresas, ocuparam 13,0% do pessoal ocupado total, 15,4% do pessoal ocupado assalariado e 14,4% dos salários e outras remunerações.

Considerando somente as empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, que é o universo a partir do qual as empresas de alto crescimento são selecionadas, elas representaram 7,7% das empresas, 18,2% do pessoal ocupado total, 18,5% do pessoal ocupado assalariado e 16,1% dos salários e outras remunerações. Em termos salariais, essas empresas pagaram valores 6,1% abaixo da média (R$ 1.744,97).

Empresas de alto crescimento, segundo a OCDE, são aquelas que, por um período de três anos, têm crescimento médio do pessoal assalariado acima de 20% ao ano e, pelo menos, 10 pessoas assalariadas no ano inicial de observação.

Cenário em 2011

De acordo com o Cempre, o Brasil tinha, em 2011, 4,5 milhões de empresas ativas, que ocupavam 39,3 milhões de pessoas, sendo 32,7 milhões (83,2%) como assalariadas, e 6,6 milhões (16,8%) na condição de sócio ou proprietário.

Os salários e outras remunerações pagos no ano de 2011 pelas entidades empresariais totalizaram R$ 660,2 bilhões, com um salário médio mensal de R$ 1.578,27. A idade média dessas empresas era de 9,8 anos.

Fonte: G1

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