x

Jovens empreendedores querem mais apoio de governos e grandes empresas, aponta pesquisa.

Grupo se considera o principal motor da inovação do mundo, mas não está satisfeito com o suporte recebido.

26/08/2013 09:41

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
Jovens empreendedores querem mais apoio de governos e grandes empresas, aponta pesquisa.

Os jovens empreendedores dos países do G20 acreditam que eles são a fonte mais dinâmica de inovação tecnológica e esperam que suas empresas alcancem um forte crescimento na criação de novos empregos nos próximos dois anos, segundo um estudo da Accenture e da Aliança dos Jovens Empreendedores do G20 (G20 YEA, sigla em inglês). No entanto, esses empreendedores exigem mais apoio dos Governos e das grandes empresas para ajudá-los a manter a sua contribuição para o crescimento econômico.

A pesquisa contou com a participação de mil empresários dos países do G20 com até 40 anos de idade e revelou que mais de três quartos (76%) acreditam que eles são a principal fonte de inovação tecnológica em seus países. Quarenta e um por cento esperam aumentar seus negócios em mais de 8% ao ano nos próximos dois anos e 81% esperam criar novos postos de trabalho neste período. Os resultados foram publicados no relatório "Inovação Empresarial: Como desencadear uma importante fonte de crescimento e de emprego nos países do G20", no último evento YEA Summit do G20, em Moscou, que reúne empreendedores e os seus órgãos representativos locais de todo o mundo.

Os jovens empreendedores acreditam que a sua forte contribuição para o crescimento econômico depende cada vez mais do trabalho com grandes empresas. Trinta e cinco por cento dos entrevistados afirmam colaborar com as grandes empresas e mais de 46% pretendem fazê-lo nos próximos dois anos. Eles citam o acesso a novos mercados, competências especializadas e tecnologias mais caras como benefícios de trabalhar com organizações maiores. Grandes empresas parecem menos abertas, no entanto. Cinquenta e dois por cento dos entrevistados que fazem parte de grandes empresas afirmam que eles não têm colaborado com os empreendedores ou apoiam apenas uma iniciativa com uma única empresa de pequeno porte.

"O sucesso exige autonomia e liberdade para inovar, mas certamente não o isolamento e os jovens empreendedores não estão tão desconfiados das grandes empresas ou intimidados por eles", disse Bruno Berthon, diretor global de Estratégia e Serviços de Sustentabilidade da Accenture. "Mas o sentimento não é totalmente mútuo, as grandes empresas devem ver os empreendedores como seus pares, e não apenas como pequenos fornecedores ou ameaças para os negócios. A tecnologia mudou o equilíbrio para os pequenos e ágeis inventores e os encarregados maiores fariam bem em trazer jovens empresários em seu ecossistema e se beneficiar de sua inovação, criatividade e agilidade. Isso não só melhora a competitividade, mas também ajuda a criar valor no longo prazo para as comunidades em que vivemos e trabalhamos.”

Os empreendedores também exigem mais apoio do Governo. Dois terços não estão satisfeitos com as atuais políticas governamentais. Dezoito por cento dizem que os Governos não tomam medidas para ajuda-los e mais de 49% dizem que quando o fazem, seus esforços não são relevantes ou eficazes. As principais demandas solicitadas são as alterações fiscais, o desenvolvimento da tecnologia de formação e educação, e o financiamento público para os empreendedores e pequenas empresas.

"A influência de pequenas empresas e jovens empreendedores é significativamente maior, graças às novas tecnologias", disse Victor Sedov, presidente do Centro de Empreendedorismo na Rússia, o anfitrião da The G20 Young Entrepreneurs’ Alliance Summit 2013. "Os Governos devem fazer mais para garantir que a inovação, o poder e a ambição de jovens empreendedores ajudem a resolver o problema do desemprego de jovens e funcionem como combustível para o crescimento econômico. Mas os empreendedores precisam dos Governos para desenvolver infraestruturas e facilitar o acesso ao mercado, melhorar as habilidades de tecnologia, e abrir novas fontes de financiamento e incentivos que estimulam abordagens de maior risco para o crescimento e expansão internacional".

Expectativas de inovação: China e Índia

Embora os entrevistados citem os Estados Unidos como o país mais inovador nos próximos dois anos, a China e a Índia são considerados o segundo e o quinto mais inovador, respectivamente. Essa afirmação é confirmada na análise realizada em separado pela Accenture que revela que, de cinco milhões de licenciamentos realizados no mundo na área da ciência, tecnologia de engenharia e matemática (STEM, sigla em inglês), 86% vieram da China, Brasil e Índia em 2012.

"Jovens empreendedores são inovadores digitais que sabem que a tecnologia vai além das fronteiras geográficas e setoriais e os ajuda a expandir rapidamente seus negócios para atingir mercados que, até recentemente, apenas as grandes organizações podiam fazer parte", disse Bruno Berthon, da Accenture. "Esses empreendedores estão na melhor posição para acelerar a mudança para a customização em massa e criar inteiramente novas categorias de produtos e serviços por meio da tecnologia. É vital que os políticos entendam que, para os jovens empreendedores, todos os mercados são, de fato, mercados emergentes e que as pequenas empresas digitais têm escolhas sobre onde encontrar e fazer negócios. Eles também são uma parte importante para alcançar a inclusão econômica e resistência em ambos os níveis, individuais e da comunidade."

O estudo sugere ações para as grandes empresas e para os próprios empreendedores melhorarem o ambiente para os jovens empresários. As principais recomendações para os Governos dos países incluem:

• Estimular a procura por meio do desenvolvimento de infraestruturas digitais, exportar os regimes de apoio, a digitalização e abertura de concursos públicos para as pequenas empresas, e a digitalização dos serviços públicos (incluindo políticas de dados abertos que incentivam as empresas a criar serviços inovadores para o setor público).
• Apoiar os empreendedores por meio de incentivos fiscais eficientes, o acesso a fontes mais amplas de financiamento, maior investimento na educação (STEM) e formação, e facilitar a criação de clusters (conjunto de computadores) e incubadoras.
• Desenvolver um clima favorável às empresas para a inovação tecnológica por meio de processos administrativos personalizados online e simplificados, uma maior tolerância para a possibilidade de projetos que não tenham sucesso, os padrões para a tecnologia de nuvem que reduzam os custos fixos das empresas e um ambiente atraente para os empreendedores criarem novas empresas.

Fonte: Portal Administradores

Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.