O Fundo Monetário Internacional advertiu que a suspensão do programa de estímulos monetários pelos Estados Unidos, anunciada em maio mas ainda não implementada, causa riscos aos países emergentes, citando o Brasil como os maiores responsáveis eventuais para um crescimento lento da economia mundial.
O governo brasileiro e também o FMI fazem o mesmo apelo, que foi divulgados pela Folha de São Paulo anteontem: cuidado com o desmantelamento do chamado "afrouxamento monetário", que representou uma injeção formidável de dinheiro diretamente nas veias da economia norte-americana.
"Os responsáveis políticos deveriam permitir que a taxa de juros responda aos fundamentos em mutação, mas precisam se prevenir contra riscos de um ajustamento desordenado".
O primeiro-ministro da Índia, Manmohan, também pediu uma saída ordenada da política monetária não-convencional, de forma a evitar prejudicar as perspectivas de crescimento do mundo em desenvolvimento".
Os Estados Unidos, como já era de se esperar, não se opuseram porque não teria a menor lógica defender uma retirada desorganizada dos estímulos.
Os negociadores norte-americanos reconhecem que haverá impacto sobre os emergentes, mas o texto final da cúpula conterá uma mensagem de confiança de que os emergentes estão em condições de lidar bem com essa questão.
Mesmo assim, a decisão já adotada pelos ministros da Economia e que os chefes do governo ratificarão de tornar obrigatório para os bancos facilitar o acesso dos físicos nacionais aos dados de clientes de bancos, está causando certa sensação nos corredores de São Petersburgo.
A medida, que só entra em vigor em janeiro de 2014, visa evitar fraudes e combater a evasão.
Fonte: Folha de São Paulo