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ANS adota regime de direção fiscal na Unimed Paulistana

ANS adotou regime especial de direção fiscal na Unimed Paulistana, este procedimento não se caracteriza como intervenção, mas ocorre se operadora apresenta “anormalidades econômico-financeiras e administrativas".

12/09/2013 17:36

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ANS adota regime de direção fiscal na Unimed Paulistana

SÃO PAULO  -  A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) adotou regime especial de direção fiscal na Unimed Paulistana, com a nomeação de um agente para acompanhar as atividades da cooperativa médica e analisar suas reais condições econômico-financeiras. O processo teve início na segunda-feira e pode durar até um ano.  

Em nota, a ANS informou que recorre a tal regime caso uma operadora de plano de saúde apresente “anormalidades econômico-financeiras e administrativas que podem colocar em risco a continuidade do atendimento à saúde dos beneficiários”. A ANS afirma que não se trata de uma intervenção, pois o diretor fiscal nomeado não tem poder de gestão. 

Em comunicado aos clientes em seu site, a Unimed Paulistana informa que “a direção fiscal assemelha-se a um processo de auditoria, na qual a ANS acompanha o desenvolvimento administrativo e financeiro da operadora”. A cooperativa também afirma que um processo semelhante já foi implementado em 2009, “com resultados positivos para a cooperativa e seus clientes”. 

Durante o regime especial, a operadora deve funcionar normalmente.

No ano passado, a Unimed Paulistana registrou prejuízo de R$ 120 milhões, e os médicos cooperados foram acionados para fazer aportes em um fundo destinado a cobrir as provisões exigidas pela ANS.

Para arrumar a casa, a operadora contratou em junho o executivo Augusto Cruz, que já comandou o grupo varejista Pão de Açúcar. “Há grandes falhas administrativas nas contas médicas, que nos fazem perder o controle do faturamento”, afirmou Cruz ao Valor, em agosto. 

O novo CEO da Unimed Paulistana disse que sua meta era gerar R$ 120 milhões de caixa até o fim deste ano, o que representa 6% da receita líquida. No ano passado, o caixa ficou negativo em R$ 63,6 milhões. O executivo citou uma análise feita pela PriceWaterhouseCoopers que indicou a possibilidade de reduzir os custos em 20%. 

Neste ano, a previsão é que o faturamento fique próximo dos R$ 2 bilhões registrados em 2012. Um dos obstáculos ao crescimento da operadora é a proibição de vender cerca de 30 tipos de planos de saúde, que representam 30% do total de sua carteira. 

Fonte: Valor Econômico

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