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Trabalho escravo é descoberto em São Paulo

Segundo a juíza federal do Trabalho Mylene Pereira Ramos, os operários trabalhavam em situação humilhante em Santo Amaro.

26/09/2013 10:40

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Trabalho escravo é descoberto em São Paulo

Denúncias de trabalho escravo são detectadas no Brasil, normalmente, no interior de estados como Rondônia, Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul. Não costumam ocorrer com frequência nos grandes centros urbanos. Mas o Ministério Público do Trabalho descobriu, no último dia 9, o caso de 66 trabalhadores em condição degradante "análoga ao de escravo" no alojamento de uma construção em Santo Amaro, na zona sul paulistana.

Trazidos do Maranhão, os operários corriam "risco de vida", de acordo com o MP. A empresa responsável pelo alojamento é a construtora Salvatta Engenharia, a mesma envolvida no desabamento de um prédio no dia 27 de agosto, na zona leste de São Paulo, que matou dez pessoas e deixou dezenas de feridos.

Ontem, foi denunciada a situação de mais 111 trabalhadores vindos do Maranhão, Sergipe, Bahia e Pernambuco que trabalhavam "em situação análogas às de escravos" em obras do Aeroporto de Guarulhos.

O caso de Santo Amaro está nas mãos da juíza federal do Trabalho Mylene Pereira Ramos. "Os operários não estavam limitados ao seu direito de ir e vir. Mas trabalhavam em situação humilhante. Tinha comida no chão", contou a juíza. Ela determinou o bloqueio dos bens dos responsáveis pela situação dos operários na zona sul e também pelo desabamento. Entre os bens, estão imóveis e 18 carros de luxo, como Porsche, BMW e Mercedes-Benz. O Tribunal Regional do Trabalho da 2a. Região tem conseguido atuar rapidamente nesses casos, graças à criação, no ano passado, da Vara Itinerante de Combate ao Trabalho Escravo.


Gilberto Nascimento

Fonte: Brasil Econômico

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