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As pedras que fazem país tropeçar e minam negócios

Encontro de executivos e autoridades apontou gargalos e indicou soluções para crescer.

15/10/2013 06:59

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As pedras que fazem país tropeçar e minam negócios

Livre iniciativa, incentivo ao empreendedorismo, garantias legais, e respeito às regras e instituições. Esses foram alguns dos pedidos mais ouvidos na primeira edição do Fórum Liberdade e Democracia de Vitória, organizado pelo Instituto Líderes do Amanhã, que reuniu mais 600 pessoas na tarde de ontem na Capital.

As principais reclamações levantadas no debate entre empresários, executivos e economistas – assistido atentamente por centenas de jovens – foram acerca do excesso de burocracia, do sistema tributário complicado e caro, da baixíssima qualificação da mão de obra, dos intermináveis gargalos de infraestrutura e de governos cada dia mais caros e ineficientes.

“O que mais ouvimos falar é da baixa competitividade da economia brasileira. A realidade é que, nos últimos 20 anos, entraram 3,5 bilhões de trabalhadores asiáticos no mercado com uma grande capacidade de trabalho e de estudo. Enquanto isso, o brasileiro está aqui querendo sempre a ajuda do Estado. Do jeito que está, não seremos competitivos nunca”, assinalou o principal palestrante do dia, Paulo Guedes, fundador do Ibmec, do Banco Pactual e sócio da Bozano Investimentos.

Paralisia

José Armando Campos, presidente do Conselho de Administração da ArcelorMittal Brasil e membro do conselho deliberativo do ES Em Ação, deu números para explicar a paralisia brasileira. “Nossa carga tributária está em 35,5% do PIB, no Peru, está em 15%. Nossa taxa de investimento em infraestrutura, também em relação ao PIB, está em 2%, na China esse índice está em 13,4%. Por essas e outras que crescemos, na média, 1,8% nós últimos dois anos, enquanto que no resto da América Latina essa taxa passou dos 3%”.

Quem também participou do debate foi o economista Rodrigo Constantino, presidente do Instituto Liberal. Ele endossou os diagnósticos dados pelos seus colegas palestrantes e afirmou que o modelo trilhado pelo Brasil nos últimos anos está flagrantemente equivocado.

“No Brasil, é muito melhor ser amigo do rei, garantindo as bondades, do que buscar competitividade e produtividade trabalhando. Perdemos a janela de oportunidades que nos foi aberta pela China na última década, não fizemos as reformas, nossa infraestrutura continua capenga e a mão de obra desqualificada”, cravou Constantino.

Abdo Filho

Fonte: GazetaOnline

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