x

Insegurança sobre economia desanima empresário nacional

Insegurança econômica desanimou o empresário brasileiro.Apenas 31% dos empresários brasileiros estão otimistas com relação à economia local nos próximos 12 meses, contra 43% no trimestre anterior.

08/11/2013 06:49

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
Insegurança sobre economia desanima empresário nacional

A insegurança econômica desanimou o empresário brasileiro na avaliação do International Business Report (IBR) do 3º trimestre de 2013 da Grant Thornton, colocando o País na 10ª posição dos países de maior queda no índice, e historicamente seu pior nível desde o 2º trimestre de 2011. Apenas 31% dos empresários brasileiros estão otimistas com relação à economia local nos próximos 12 meses, contra 43% no trimestre anterior. Uma queda significativa de 12 pontos percentuais (p.p.). O País figura na 22ª posição no ranking mundial trimestral. O estudo é feito com 12.500 mil empresas em 44 economias, sendo 300 companhias brasileiras.

A posição vai na contramão do ranking global, que foi positivo, com crescimento de 5 pontos percentuais (p.p.), passando de 27% no trimestre anterior, para 32%, puxado principalmente pelos países desenvolvidos, Estados Unidos (52%) e Reino Unido (76%). Enquanto as empresas em economias emergentes são significativamente menos confiantes como Rússia (19%), África do Sul (18%) e Índia, que apesar do índice de 57% de empresários otimistas, teve queda de 18 p.p., menor patamar desde 2003.

Novamente, a China parece estar um passo à frente dos outros grandes países emergentes: tendo caído para um recorde de baixa de 4% no 2º trimestre, o otimismo empresarial melhorou para 31% no 3º trimestre.

"O Brasil vinha em um otimismo elevado, chegamos a obter 86% dos empresários otimistas no início de 2012. Porém, com a proximidade da Copa e Olimpíadas, e o passo lento das obras e seus efeitos na economia, tenham tido esse efeito desanimador. Grandes eventos esportivos muitas vezes contribuem para o desenvolvimento de infraestrutura, mas a sensação no Brasil é que o investimento em instalações para estes eventos está desviando recursos de outras evoluções necessárias para impulsionar a economia brasileira", diz Leandro Scalquette, sócio da área de tributos da Grant Thornton.

"O aumento do consumo liderado pelo aumento da classe média é importante, mas sozinho não sustenta o crescimento em longo prazo. O empresário quer ver uma política econômica sólida, que lhe dê garantias de investimento, além de precisar contar com infraestrutura e força de trabalho qualificada para crescer, ambiente regulatório seguro", complementa Scalquette.

Regionalmente, o otimismo na América Latina chegou a 38%, contra 48% no trimestre anterior, o valor mais baixo desde 2009. Impulsionado em grande parte pelo Brasil, mas também por outras quedas como Peru (74%), com queda de 6 p.p.; México com 60%, queda de 2 p.p.; Chile com 52% e queda de 36 p.p., justificado pelo derrubada do preço do cobre, que caiu 30% desde 2011.

"Os resultados destacam uma mudança sutil, mas significativa nos padrões globais de crescimento econômico, com algum reequilíbrio para os mercados desenvolvidos, como o Reino Unido e EUA. Juntas, essas duas economias responsáveis por um quarto da produção mundial de modo que qualquer recuperação deverá ter repercussões positivas em todo o mundo", completou.

Fonte: DCI-SP

Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.