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Empresas Estrangeiras já Adiam Investimentos no Brasil

Os resultados ruins das contas pública brasileiras, entre outras questões, já fizeram com que investidores estrangeiros desistissem de entrar no Brasil.

13/11/2013 11:02

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Empresas Estrangeiras já Adiam Investimentos no Brasil

Os resultados ruins das contas pública brasileiras, entre outras questões, já fizeram com que investidores estrangeiros desistissem de entrar no Brasil. Segundo André Coutinho, sócio diretor da Symnetics, não só aspectos econômicos mas também questões como falta de estrutura fizeram com que as empresas percebessem uma dificuldade na ativação desses investimentos. 

"A conjuntura brasileira hoje, não só por questões econômicas, mas também de educação e infraestrutura faz com que a ativação dos investimentos fique prejudicada, então têm empresas que adiam os investimentos. Temos casos de empresas que iam investir este ano e resolveram jogar para o ano que vem ou para 2015 por conta dessa incerteza de câmbio, inflação chegando, e mesmo incerteza política do ano de eleição", colocou. 

Segundo o especialista ainda há um outro grupo de companhias internacionais que decidiram manter os planos de entrada no País por considerar o Brasil como um dos principais players mundiais. "A decisão estratégica de algumas empresas, sobretudo multinacionais, independem de conjuntura. Essas, seja qual for o cenário elas vão colocar o Brasil como plataforma mundial de investimento, de inovação, de mercado. O tamanho do mercado brasileiro não dá para desconsiderar", completou. 

De acordo com pesquisa "Gestão da Inovação no Brasil", desenvolvida pelo Centro de Innovación & Estrategia Latinoamérica (Ciel) o Brasil é a empresa mais inovadora da América Latina e ocupa a posição 44 de 148 segundo o Relatório de Competitividade Global 2013 e 2014 do Fórum Econômico Mundial. O estudo foi feito a partir de um questionário enviado a 500 empresas estabelecidas no País e 29 respondentes. Essas foram divididas em dois grupos, um com doze empresas consideradas inovadoras e 17 menos inovadoras. 

Um dos pontos que a pesquisa concluiu é que "a inovação é um tema importante nas agendas das empresas brasileiras, e no grupo mais inovador é uma questão estratégica". Segundo Patricio Guitart, professor do IAE Business School, as principais razões citadas para que o Brasil ocupasse uma boa posição no ranking são "mercado financeiro sofisticado, boa orientação ao cliente, alta adoção de tecnologia e o tamanho do mercado interno". 

De acordo com o especialista, o Brasil investe cerca de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em inovação. Nos países desenvolvidos essa porcentagem varia entre 2% e 3% do PIB. " A inovação acabou sendo uma necessidade, para poder mudar algumas variáveis, como a falta de competitividade, desequilíbrio de infraestrutura, debilidade da educação. As empresas, ao invés de buscar uma resposta do governo, trouxeram a inovação para mudar isso", colocou o especialista. 

Uma outra descoberta da pesquisa foi que ainda que o Brasil seja marcado pela produção e comercialização de commodities, estão mais sofisticados os serviços e modelos de negócio agregados ao produto (como por exemplo: logística, modelos comerciais canais de acesso ao produto) e os acordos de transferência tecnológica com universidades e centros de pesquisa, ainda que presentes em poucos setores/empresas. 

Coutinho ressaltou que a velocidade com que a empresa faz as mudanças é mais importante do que aumentar a oferta de produtos, "lançar mais rápido é mais importante e relevante do que diversificar", disse. 

MPE e incentivos 

As micro e pequenas empresas são as que mais têm dificuldade em inovar. Segundo o sócio diretor da Symnetics, "as pequenas e médias empresas lutam por questões básicas como carga tributária, que é muito pesada, falta de infraestrutura, e funcionários com baixa produtividade, essas questões impedem de avançarem na inovação". Ele ressaltou que "o País ainda tem uma série de oportunidades com uma classe C crescendo e um aumento de renda e essas empresas menores podem entrar nesses espaços". 

A pesquisa concluiu também que o empresário brasileiro ainda recorre pouco aos incentivos do governo para inovação. Além de dificuldades para atender os requisitos, como parceria com universidade pública e pesquisador, o especialista também destacou que o setor da indústria é o grande favorecido pelos incentivos. 

Fonte: DCI

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