x

Como investir criatividade no seu empreendimento?

Mesmo sem conhecer seu eventual plano de negócios e sua determinação empreendedora podemos afirmar que sua empresa só irá prosperar se você agregar doses surpreendentes de criatividade ao seu projeto.

20/11/2013 14:19

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
Como investir criatividade no seu empreendimento?

Mesmo sem conhecer seu eventual plano de negócios e sua determinação empreendedora podemos afirmar que sua empresa só irá prosperar se você agregar doses surpreendentes de criatividade ao seu projeto. Mesmo que você não saiba definir direito o que é ser criativo.

Porque uma empresa igualzinha a do concorrente não fará diferença na percepção dos consumidores. E sem diferenciar serviços ou mercadorias, qualidades ou preços o consumo se distribuirá igualmente até a exaustão das necessidades dos clientes.

E consumidor sem necessidade imediata não tem nenhuma motivação para enfiar a mão no bolso e gastar com sua empresa.

O que terá, como consequência, o continuado nivelamento dos preços ou da qualidade dos produtos ou serviços disponíveis.

Por exemplo, uma carrocinha de cachorro quente a mais numa praça que já tem nove vendedores do mesmo produto, dificilmente se sustentará sem agregar uma diferença marcante no seu produto ou no seu preço.

Conseguirá, no melhor dos cenários, dividir por dez o gasto dos consumidores em "dogão". Com o risco, óbvio, de enfraquecer o ganho de todos.

Portanto, se você já está há mais de dois anos no mercado e conseguiu acertar os empréstimos que fez com seus parentes e amigos e já sobra um dinheirinho para investir na sua expansão, parabéns.

Você é um empreendedor que soube agregar criatividade ao seu projeto. E mesmo sem definir essa tal criatividade conseguiu, até o momento, surpreender seus concorrentes que estão à sua volta tentando descobrir o seu pulo do gato.

Cuidado: criatividade se copia

A partir desse estágio, em vez de você poder deitar tranquilo em berço esplêndido, é hora de redobrar sua preocupação. Porque, mais cedo ou mais tarde seus concorrentes copiarão, sem nenhum constrangimento, seu gerenciamento criativo.

Mesmo sem saber que bicho é esse. Seu sucesso aparente o condenará a se tornar um modelo de benchmarking.

Como você sabe e como define a Wikipedia, benchmarking é um processo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a fim de melhorar como realizar a mesma função.

Ser copiado, além de ser inevitável é uma garantia de que você está indo muito bem obrigado. Mas, lembre-se dos carrinhos de cachorro quente se multiplicando na mesma praça.

A tendência é sua empresa disputar os mesmos bolsos com mercadorias e serviços semelhantes. Com o tempo, caso você se acomode na suposta liderança (apenas por ter começado primeiro) acabará por ver seu faturamento estabilizado mês após mês, ano após ano.

Com riscos imensos de seus ganhos precipitarem de uma hora para outra, quando surgir (e surgirá) algum empreendedor mais criativo que a média. Mesmo que ninguém saiba definir essa tal criatividade.

O que é ser, então, criativo?

Não existe uma resposta universal. Mesmo que você tenha energia e tempo para consultar os manuais de gerência empresarial, as biografias dos grandes líderes, o tarô ou os búzios.

É o que tentei refletir num texto meu (portanto não é plágio) que publiquei recentemente no blog www.lucriatividade.com. Criatividade só é percebida pelos resultados que agrega às obras, aos projetos e aos resultados de nossos empreendimentos.

É uma arte que tem tudo a ver com a curiosidade de uma criança, daí ser lúdica e que é percebida pelas diferenças que agrega às iniciativas.

Transcrevo um trecho do texto que publiquei, recentemente, no blog: "Tem gente que acha que consegue definir criatividade. A ponto de ser capaz de ensinar em salas de aula ou registrá-la em tratados.

Talvez criatividade esteja naquelas aspirações que buscamos sempre apesar de termos certeza de nunca as alcançarmos, como liberdade, verdade, amor, confiança, certeza absoluta.

Talvez criatividade, assim como a vida e nossa ansiedade por definições, só possa ser percebida indiretamente, por seus resultados.

A criatividade seria portanto como a vida. Mais ou menos do jeitinho que nos ensina o Apóstolo Tiago: "Por que, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece."

Por isso, podemos com toda liberdade brincar com a criatividade porque surge junto com crianças.

Como nos ensina, também, os dicionários etimológicos. "Criança" vem do Latim creare, "produzir, erguer", relacionado a "crescere", "crescer, aumentar", do Indo-Europeu ker-, "crescer".

Do mesmo radical deriva "criação" e "criatividade".

Talvez dessa brincadeira consigamos entender a onipresença das crianças no Reino dos Céus, como afirma Cristo, sempre no tempo presente, em vez de usar o futuro, como seria de se esperar, ao se dirigir a crianças ali vivas, ao seu redor:

"Deixai vir a mim as crianças, porque delas é o Reino dos Céus" (Mateus 19, 13-15).

Delas é o Reino dos Céus. Enquanto crianças. Enquanto criamos. Enquanto percebemos que a criatividade, como a vida, se manifesta por meio de vapores que aparecem um pouco e depois se desvanece.

Quem sabe ser criativo não seria captar esse vapor, transformá-lo em propulsores de algumas alegrias também efêmeras, ao tentarmos nos manter ludicamente crianças, na recriação aqui e agora de um céu para todos nós.

E criarmos com tanta convicção que deixaríamos marcas em nossa época, como deixamos crianças para continuarem nossa busca. E se o que criarmos tiver alguma serventia, iluminaremos nossa geração com os fogos fátuos emocionais, sociais e econômicos que ajudarmos a gerar.

Registrados em textos que nos façam refletir, em designs que nos ilumine o coração, em canções que confirmem o amor.

Assim, quem sabe, poderemos sonhar em vincular nossa criatividade com qualquer parâmetro "lucriativo

Fonte: UOL

Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.