A listagem traz as 120 maiores companhias do setor, levando em conta o faturamento de 2012. O GPA ganhou mais de R$ 57 bilhões no ano passado. No segundo lugar, aparece o Carrefour, com R$ 31 bilhões faturados no período. O Walmart é o terceiro, com R$ 25 bilhões de faturamento.
Segundo o Ibevar, das 120 empresas participantes do ranking, 72 faturaram acima de R$ 1 bilhão. Houve crescimento em relação às 54 empresas que faziam parte desse grupo em 2011. O conjunto das 120 maiores varejistas faturou R$ 326 bilhões no ano passado e, juntas, representaram 28% de todo o consumo de bens no Brasil, de acordo com o estudo.
Potencial de crescimento
O estudo do Ibevar, que foi feito em parceria com a PricewaterhouseCoopers (PwC), identificou ainda potencial para expansão das redes de varejo. De acordo com o levantamento, apenas nove das 120 redes avaliadas tem presença em todos os Estados do Brasil. Além disso, apenas sete empresas tem mais de mil lojas.
A atuação em diversos canais, com lojas físicas e virtuais, é característica de apenas 53% das empresas estudadas. Além disso, 48% têm lojas em formatos diferentes (de portes diversos, por exemplo) e 44% têm mais de uma bandeira de loja
Unir forças
O ranking aponta também que há espaço no Brasil para incremento de fusões e aquisições entre empresas do varejo. Para o professor Cláudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar, "existe uma necessidade das companhias de ganho de escala para que consigam encarar o ambiente competitivo". Ele destacou que a tecnologia e a internet permitiram maior transparência e acompanhamento de preços entre as empresas, o que tornou a marcação mais rápida e a competição mais explícita.
Jorge Inafuco, gerente sênior da PwC Brasil, afirmou que em 2013 a consultoria espera que varejo e consumo representem cerca de 10% das fusões e aquisições do Brasil, ou seja, 80 negócios de um montante que pode chegar a 800 negócios no ano. A fatia de 10% é a mesma do ano anterior, quando foram 770 negócios. Farmácias e shoppings se destacam dentro do setor.
Os negócios, diz Inafuco, devem se concentrar em redes pequenas e médias, com faturamento anual entre R$ 300 milhões e R$ 1 bilhão. As fusões de empresas do mesmo porte, mantendo operações com bandeiras diferentes, são uma possibilidade, destaca. O vice-presidente do Ibevar, Eduardo Terra, destaca que as fusões e aquisições devem contribuir para aumentar a quantidade de empresas com faturamento superior a R$ 1 bilhão por ano.
Fonte: Agência Estado