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Devo pedir flexibilidade de horário no trabalho?

Muitos profissionais já enxergam a jornada flexível de trabalho como uma prática altamente motivadora. A área de gestão de pessoas da sua empresa não tem algum projeto de inovação relacionado com essa temática?...

27/11/2013 12:47

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Devo pedir flexibilidade de horário no trabalho?

Devo pedir flexibilidade de horário no trabalho?

Analista de inovação, 28 anos

Resposta:

Uma recente pesquisa realizada pela consultoria PwC com 1.757 executivos de  30 setores em 25 países revelou que 93% dos entrevistados acham que o  crescimento orgânico via inovação vai responder pelo grosso do aumento da  receita em suas empresas. Apenas 2% preveem um crescimento majoritariamente  inorgânico (por meio de fusões e aquisições).

Ou seja, você faz parte de uma área considerada, hoje, uma necessidade  competitiva. É ela quem vai estimular ou incubar projetos que podem fazer a  receita da empresa crescer de modo rápido e rentável, garantindo também um  melhor posicionamento no mercado, mais satisfação entre clientes e custos  menores. Talvez por isso alguns amigos digam que você está "reclamando de  barriga cheia" - você está inserido em uma área "do futuro", com muitas  potencialidades a serem exploradas.

Considero que o fato de atuar em inovação é uma oportunidade para solucionar  o problema que você vem enfrentando. Será que outras pessoas, e de outros  setores, não sentem a mesma coisa que você sobre a jornada de trabalho?

Muitos profissionais já enxergam a jornada flexível de trabalho como uma  prática altamente motivadora. A área de gestão de pessoas da sua empresa não tem  algum projeto de inovação relacionado com essa temática?

Vale você investigar ou propor isso, já que os impactos podem ser relevantes.  Se você fizer um estudo com as principais concorrentes, verá que muitas estão  investindo em ações relacionadas à jornada flexível de trabalho. A busca pela  qualidade de vida é o fator mais apontado pelos jovens profissionais e  executivos quando questionados sobre o que buscam em uma trajetória  profissional. Flexibilidade da jornada e políticas de home office já são uma  realidade em pequenas, médias e grandes empresas que buscam atração e retenção  dos seus colaboradores.

Uma pesquisa da consultoria Remunerar comparou grupos de empresas que adotam  ou não o home office. A conclusão foi que a prática, aliada a outras ações do  departamento de recursos humanos, pode contribuir para maior tempo de  permanência dos funcionários na empresa e na redução do índice de turnover.

E, se você quiser fazer uma pesquisa ainda mais completa para embasar a sua  insatisfação e mostrar para a diretoria da empresa que o que está propondo vai  além de um benefício na gestão das pessoas, mostre impactos na rentabilidade do  negócio, utilize números e dados que comprovem a redução de gastos em  infraestrutura, aluguel e tempo de deslocamento dos funcionários, por  exemplo.

Ao conseguir tornar esse seu incômodo um projeto que pode atingir  positivamente você e os demais colaboradores, ataque diretamente os pontos que  ainda podem gerar insegurança, como controle da produtividade e disciplina de  trabalho, além do próprio choque de valores frente à cultura interna (de forte  controle e centralização).

Desenhe estratégias para lidar com todos esses riscos, mas vá em frente. O  mundo do trabalho do futuro terá essa temática como aspecto central e você já  pode transformar o seu problema em solução estratégica para a empresa na qual  atua.

Sofia Esteves é psicóloga com especialização em recursos humanos e  presidente do grupo DMRH

Fonte: Valor Econômico

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