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Evolução do mercado de trabalho continua positiva

O saldo líquido de empregos com carteira assinada, em outubro, ficou em 94.893 postos, bastante inferior ao registrado no mês de setembro, de 211.068. Ainda assim, o resultado pode ser considerado bom - é 41,6% maior do que no mesmo mês ...

27/11/2013 19:34

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Evolução do mercado de trabalho continua positiva

O saldo líquido de empregos com carteira assinada, em outubro, ficou em 94.893 postos, bastante inferior ao registrado no mês de setembro, de 211.068. Ainda assim, o resultado pode ser considerado bom - é 41,6% maior do que no mesmo mês de 2012, representando 66.988 novos empregos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Ainda de acordo com o Caged, foi criado 1,464 milhão de novos empregos formais em dez meses deste ano, 18,3% mais do que em igual período de 2012, com o setor de serviços liderando a expansão.

Já a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) , do IBGE, indica uma taxa de desemprego de 5,2%, um recuo em relação a setembro (5,4%) e a menor marca desde o início da série histórica, em 2002. O nível de emprego caiu na indústria e na construção civil, mas foi mais que compensado pelas contratações do comércio, que, segundo os técnicos, não se devem só à aproximação do Natal.

O rendimento real médio dos trabalhadores ficou estatisticamente estável de setembro (R$ 1.919,82) para outubro (R$ 1.917,30), acusando um aumento de 3,6% em relação a outubro de 2012 (R$ 1.883,45).

Contudo, um dado está a merecer estudo mais aprofundado: a população economicamente inativa somou em outubro 16,7 milhões de pessoas, um aumento de 4,9% na comparação com outubro de 2012. No mesmo período, a População Economicamente Ativa (PEA) aumentou menos, 1,16%, somando 42,983 milhões de pessoas.

Parece que a melhoria do rendimento familiar induz mais jovens a procurarem trabalho mais tarde. Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, observa que tem aumentado o número de pessoas que não trabalham e não mostram interesse em trabalhar, e a maior parcela está na faixa de 18 a 24 anos de idade, embora o contingente de inativos inclua também aposentados e inabilitados para o trabalho, mulheres que precisam cuidar de filhos pequenos e muitas empregadas domésticas que se transformaram em diaristas e que não têm trabalho regular.

Se, de um lado, pode-se considerar positivo que o emprego em geral venha se ampliando de forma a absorver o aumento da população, não se pode deixar de levar em conta que esse crescimento, ao que tudo indica, ocorre principalmente em atividades que não exigem muita qualificação e pouco contribuem para o aumento da produtividade.

Fonte: Estadão

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