A decisão do Supremo Tribunal Federal de ouvir defensores dos bancos e dos poupadores, ontem, e deixar para 2014 a votação sobre a correção dos planos econômicos adotados entre os anos 1987 e 1991 favorece as instituições financeiras.
A votação neste ano seria arriscada para os bancos, pois alguns ministros da Corte ainda não estariam atentos para as consequências de uma decisão que determine as correções na poupança. O impacto seria de R$ 150 bilhões para os bancos, segundo o Ministério da Fazenda, e de mais R$ 40 bilhões para os fundos de pensão, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Previdência Privada.
Já para os defensores dos poupadores, o adiamento é um mau sinal. Significa que os ministros do STF podem refletir mais a respeito de uma questão que eles venceram em todas as instâncias até agora. A proposta de adiamento foi feita pelo ministro Marco Aurélio Mello assim que o presidente, Joaquim Barbosa, abriu a sessão. Apesar das objeções do próprio Barbosa e do ministro Ricardo Lewandowski, venceu a corrente que defendeu a votação só no início do próximo ano.
Fonte: Valor Econômico