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Redes sociais são essenciais para as vendas

O comércio brasileiro não pode mais ignorar o impacto das redes sociais e precisa aprender a interagir com elas para conhecer melhor os consumidores e, assim, oferecer produtos e serviços adequados aos diferentes perfis de clientes.

02/12/2013 20:07

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Redes sociais são essenciais para as vendas

 Apenas no Brasil, 98% dos 105 milhões de brasileiros que navegam na internet estão em alguma destas redes. Fica claro que seguir essa massa torna-se essencial para a sobrevivência de grande parte dos empreendedores brasileiros. 
 
Esta é a principal conclusão do seminário "E-commerce, Mobile e Mídias Sociais no Varejo", realizado na semana passada na Fundação Getúlio Vargas (FGV). O evento faz parte do núcleo do Centro de Excelência em Varejo GVcev da FGV e as palestras abordaram temas como os impactos das novas tecnologias no varejo e a necessidade de se criar canais nas redes sociais para divulgar novos produtos e serviços e interagir com os clientes. 
 
A alma do negócio
 
Sandra Turchi, sócia-diretora da Digitalents, lembrou que as redes sociais são um importante canal para o e-commerce e que apenas no ano passado o faturamento da publicidade online foi de R$ 4,6 bilhões no Brasil. Ela ocupa o segundo lugar no mercado publicitário brasileiro, perdendo apenas para a televisão aberta, que faturou R$ 60,63 bilhões no ano passado. 
 
Porém, a sócia-diretora da Digitalents adverte que, hoje, apenas 14% dos consumidores acreditam em propaganda tradicional ou seguem indicações de amigos e conhecidos antes de comprar. Segundo ela, com o advento das redes sociais, estes consumidores passaram a se orientar pelas opiniões de desconhecidos nas redes sociais. Um processo que se intensificou com a internet móvel, que permite às pessoas pesquisarem preços e novas oportunidades de consumo com seus smartphones em qualquer lugar, até mesmo dentro das unidades físicas das lojas. 
 
O problema é que a realidade do varejo brasileiro está distante dessa mudança comportamental. Sandra diz que apenas 4% das empresas do País adaptaram seus sites para atender estes novos consumidores, conectados à internet 24 horas. "Elas ainda não conseguiram fazer esta transição simplesmente porque desconhecem a existência de serviços que podem auxiliá-las", diz Sandra, que cita empresas que criam os mobile sites – site para celular – com baixo custo de manutenção. "Um exemplo é o Google, que oferece o Go Mobile, que é praticamente gratuito, pois exige apenas uma taxa de utilização", acrescentou.
 
Segmentação – O uso das redes sociais entre esta pequena fatia das empresas gerou, segundo a executiva, uma sofisticação de conteúdos e, atualmente, já existem canais segmentados, para arquitetos e especialistas em design, por exemplo, que já contam com dois milhões de usuários. Nessa linha foi criado o Winetag, para os amantes de vinho, e o iDent, para dentistas, entre outros. 
 
A especialização também pode ser um caminho para os pequenos e médios empreendedores do varejo, na opinião de Sandra. Para ela, estes empresários também podem explorar as redes sociais e alcançar bons resultados mesmo que não disponham das mesmas verbas. E acredita que os pequenos e médios devem buscar o máximo de conhecimento. "É importante para estes empresários que eles evoluam de forma gradual e encontrem uma plataforma de e-commerce adequada ao seu perfil e que depois passe a explorar as redes sociais", conclui. 
 
 
A importância da internet nas ações das empresas
 
Um exemplo de que as redes sociais podem influenciar – positivamente ou negativamente – um empreendimento é a página criada por ex-funcionários da Livraria Cultura no final de maio deste ano. Nela, eles denunciavam, em uma página criada no Facebook, uma série de demissões que consideraram arbitrárias, entre outras reclamações. 
 
Durante o seminário da FGV, o diretor de negócios digitais da livraria, Jonas Antônio Ferreira, relatou como o fato afetou negativamente a empresa. Para lidar com a situação a livraria precisou divulgar um comunicado geral que apresentou a posição da empresa em relação às críticas. "Criamos um filtro para separar os comentários a respeito da crise e entramos em contato com os clientes mais exaltados em relação aos fatos divulgados no Facebook", disse. 
 
Segundo Ferreira, o episódio mostrou a força das redes sociais e reforçou a estratégia de adotar uma atuação através do sistema multicanal. Os produtos da livraria foram incorporados à internet. O serviço também existe em mobile para atender os clientes com smartphones.

Fonte: Diário do Comercio

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