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Mantega culpa base de comparação por queda do PIB e prevê alta no 4º tri

Apesar de a economia ter encolhido 0,5% no terceiro trimestre, ministro diz que Brasil está acompanhando o ritmo de desenvolvimento mundial.

03/12/2013 16:19

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Mantega culpa base de comparação por queda do PIB e prevê alta no 4º tri

SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o crescimento forte do PIB no segundo trimestre -de 1,8% na série revisada pelo IBGE - dificultou a expansão no terceiro trimestre por conta da alta base de comparação. "Esse resultado do terceiro trimestre, de -0,5%, favorece um crescimento no quarto trimestre", destacou Mantega em coletiva. Segundo ele, os dados de expansão no quarto trimestre "certamente serão positivos, mesmo porque isso é o que se percebe pelo movimento da economia". De acordo com o ministro, a revisão dos resultados do primeiro e do segundo trimestres do ano mostra que houve uma concentração do crescimento entre abril e junho.

Ele apontou ainda que o setor de serviços teve um desempenho fraco, ao crescer 0,1% no terceiro trimestre ante o segundo, e disse ainda que a alta de 2,9% do setor extrativo mineral da indústria mostra "alguma recuperação da economia global".

O ministro destacou também que, com a revisão feita pelo IBGE sobre o resultado do segundo trimestre, o Brasil foi um dos países do G-20 que mais cresceu no período. "Teria crescido mais do que a China (no segundo trimestre). Mas, com o terceiro trimestre, o Brasil cresceu menos do que a maioria dos países", apontou o ministro.

"A mesma coisa entre os BRICs. No segundo trimestre, seríamos o país que mais cresceu, mas com o terceiro somos o que menos cresceu", disse. "Ainda bem que depois se faz uma média", acrescentou. Segundo ele, o Brasil estaria crescendo mais ou menos no ritmo da economia mundial, apesar do resultado ruim no terceiro trimestre. "O crescimento da economia mundial está sendo revisto e provavelmente vai ficar abaixo dos 2,9%, 2,7% que vem sendo estimados", completou Mantega.

Ele afirmou que o crescimento da economia mundial neste ano poderá ser de "2,3%, 2,4%". "Estaríamos acompanhando o crescimento". 

Mantega também destacou que no acumulado dos últimos quatro trimestres ante os quatro trimestres anteriores há uma expansão de 2,3%. Segundo ele, esta análise é a que "mais se aproxima do PIB anual" e é o resultado "mais concreto" sobre o PIB. "Olhando para isto, estaríamos em 12 meses com agropecuária com crescimento de 5,1%. A indústria com 0,9% de crescimento e os serviços com 2,3%", disse.

Ele ressaltou que com o resultado do quarto trimestre isso "poderá se alterar". "Ainda é cedo para saber o que vai acontecer no quarto trimestre", avaliou, apesar de afirmar que a expectativa é de que o resultado dos últimos três meses seja positivo, com consumo e atividade aumentando.

Crise. Mantega afirmou que embora o PIB tenha registrado queda  no trimestre, na margem, o crescimento da economia neste ano pode atingir a marca de 2,5%. Ele destacou que o PIB no terceiro trimestre, acumulado em 12 meses, apresenta uma expansão de 2,3%, o que para ele é uma fotografia mais fidedigna do desempenho do nível de atividade no Brasil. "O PIB acumulado está em 2,3% e não é muito diferente de 2,5%. E temos mais um trimestre pela frente, então é possível atingir 2,5%. Então, temos que aguardar para saber se vai se confirmar", comentou.

"A economia está numa trajetória de crescimento. É gradual porque no mundo todo está sendo assim", destacou Mantega. "E esse crescimento se dá com alta dos investimentos. Deveremos terminar o ano com crescimento de 6% de bens de capital", disse. "A agricultura vai terminar o ano com bom crescimento e está havendo um aquecimento no comércio, que também apresenta recuperação", destacou. "Estamos em trajetória de crescimento, talvez não na velocidade que gostaria, mas nenhum país está conseguindo isso. Os EUA estão com uma expansão de 1,6% e 1,7%, neste ano, o México, com menos de 2%", apontou o ministro. "O mundo não vive um ano fácil. Dois mil e treze é um ano ainda de crise, provavelmente o último ano da crise internacional. Há uma tendência de superação dessa situação no ano que vem", destacou.

Para 2014, ele destacou que a economia americana poderá avançar pouco acima de 2%, enquanto a zona do euro poderá sair de uma retração neste ano para um resultado levemente positivo nos próximos 12 meses. "Os países emergentes têm alguma desaceleração, mas com alguma melhoria para o próximo ano", disse. "Estamos juntos neste barco procurando superar a crise internacional e galgando posições melhores. Estamos melhorando em relação ao ano passado e devermos continuar nesta trajetória para os próximos trimestres", ponderou Mantega.

Fonte: Agência Estado

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