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Governo e empresários firmam pacto pela competitividade

O objetivo do encontro de Mantega com representantes de 21 associações empresariais foi discutir a competitividade da indústria, mas serviu também para pedidos de ações protecionistas.

05/12/2013 05:34

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Governo e empresários firmam pacto pela competitividade

Empresários se reuniram ontem com o ministro Guido Mantega, da Fazenda, e ouviram dele a promessa de que a presidente Dilma Rousseff os receberá n  a próxima semana. O objetivo do encontro de Mantega com representantes de 21 associações empresariais foi discutir a competitividade da indústria, mas serviu também para pedidos de ações protecionistas. 
 
Os empresários reclamaram das condições da indústria e afirmaram que foi firmado um pacto pela competitividade com o governo. "O que está em discussão são medidas a curto prazo pra equilibrar a situação da indústria e para, no médio e longo prazo, retomar investimentos", afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo. "Não falamos sobre o PIB pequeno porque não queremos falar sobre o passado, queremos falar sobre o futuro."
 
Segundo Figueiredo, a indústria não apresentou pedidos específicos. "Foi uma reunião muito mais para alinhar uma frente pela competitividade e pelo investimento", disse. Segundo ele, será marcado um novo encontro nos próximos dez dias em Brasília.
 
Importados
 
Ao deixar o encontro com o ministro, o presidente da Associação Brasileira de Construção Metálica, Luiz Carlos Caggiano Santos, disse que Mantega teria recebido bem sua proposta de criar percentuais mínimos de insumos nacionais nas obras de infra estrutura (como ferrovias, rodovias, portos) que serão realizadas com crédito subsidiado no programa de concessões do governo. 
 
Além disso, ele também reivindicou a elevação do impostos sobre a importação. "O governo tem muito investimento, muito dinheiro pra ser gasto, mas muita coisa é importada. Nossa reivindicação é que esse dinheiro que será gasto no Brasil seja gasto com empresas brasileiras", disse. "A indústria brasileira tem condições de sobra."
 
O governo desistiu recentemente de prorrogar a elevação desse tributo sobre uma lista de cem itens para tentar limitar o impacto do dólar mais caro na inflação. 
 
Além da exigência de conteúdo nacional, Caggiano faz outra sugestão: "Talvez algum aumento de imposto de importação, já que o dólar não pode ser aumentado e está solto no mercado", disse.
 
"O ministro já fez muita coisa boa para nós, mas nossa indústria continua não competitiva", reconheceu. Segundo ele, o dólar "ajuda muito", mas "tem que ajudar mais".
 
IPI reduzido
 
O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, disse ao sair do encontro que pedirá formalmente na semana que vem que a Fazenda prorrogue o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido sobre geladeira, fogão e máquina de lavar. 
 
O imposto, que já havia sido recomposto em parte em outubro no caso de fogão e geladeira, está previsto para subir novamente no ano que vem. 
 
Segundo Kiçula, as vendas do setor eletroeletrônico devem fechar o ano com estabilidade ou queda de até 3%. Ainda assim, ele considerou o resultado positivo, já que no ano passado as vendas haviam subido 20%. 
 
Na reunião, estiveram presentes também representantes das indústrias de máquinas, petróleo, autopeças, têxtil, entre outros. 

Fonte: Diário do Comércio – SP

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