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Para a Fiergs, o Estado vai desacelerar em 2014

Se em 2013 o Rio Grande do Sul terá uma expansão vitaminada do Produto Interno Bruto (PIB), com aumento estimado em 5,1%, o próximo ano deve apresentar sinais de desaceleração.

11/12/2013 00:42

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Para a Fiergs, o Estado vai desacelerar em 2014

Se em 2013 o Rio Grande do Sul terá uma expansão vitaminada do Produto Interno Bruto (PIB), com aumento estimado em 5,1%, o próximo ano deve apresentar sinais de desaceleração. Esse é o cenário desenhado pela Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), que ontem fez um balanço do período que se encerra e traçou as perspectivas para 2014. A entidade acredita em crescimento gaúcho, avaliando três cenários. No quadro pessimista, o incremento do PIB será de 0,2%, no moderado fica em 2,1%, e no otimista vai a 3,4%.

O presidente da Fiergs, Heitor José Müller, acredita que o resultado da economia gaúcha vai ser mais realista em 2014, após duas temporadas de oscilações. “A expansão do Estado em 2013 foi mero crescimento estatístico. Em 2012, tivemos um ano abaixo da curva, com a quebra da safra levando o PIB para o buraco. Já neste ano, tivemos um ano acima da curva, pela safra muito boa e os preços das commodities favoráveis. Mas, se juntarmos os dois anos, o crescimento foi de apenas 1,63%, o que é muito pouco”, analisa. Para efeito de comparação, no biênio 2012-2013, o Brasil evoluiu 1,62%.

A indústria do Rio Grande do Sul começa a próxima temporada se deparando com três principais gargalos, na ótica de Müller. A relação com a Argentina deve apresentar novos momentos de tensão. “O Mercosul é uma ficção. Já fizemos o possível e o impossível para tentar resolver o problema das barreiras comerciais argentinas”, lamenta. Além disso, o dirigente acredita que, caso seja aprovado o aumento de 12,75% no piso salarial regional, prestes a ser votado na Assembleia Legislativa, o setor produtivo perderá mais competitividade. Por fim, o chamado ICMS de fronteira é outra pauta que preocupa. A entidade defende a manutenção do mecanismo acompanhada da criação de uma lista de exceção, com artigos que não sejam fabricados no Estado tendo alíquota de 12% ao invés dos habituais 17%.

O balanço da Fiergs ainda constatou que a indústria gaúcha completou uma década de baixo crescimento. Desde 2004, o segmento acumula expansão de 6,3% no Estado, enquanto o comércio avançou 89% no mesmo período. Em 2013, o Índice de Desempenho Industrial (IDI) gaúcho deve aumentar 4,9%, uma recuperação frente à queda de 1,9% constatada no ano anterior. A produção tem variação positiva estimada em 6,6%, após retração de 5,1% em 2012. Para 2014, o incremento no IDI tende a ficar entre 0,4% e 2,9%.

Outro motivo de preocupação é o crescente déficit na balança comercial de manufaturados. Em 2013, o rombo deve ser de US$ 107 bilhões. Até o início dos anos 2000, o País era superavitário nesse quesito. “A indústria está caminhando de lado.”

Fonte: Jornal do Comercio

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