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Tombini diz que inflação seguirá em queda e que BC está vigilante

A inflação acumulada em doze meses tem recuado nos últimos cinco meses e assim vai continuar, segundo o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

13/12/2013 01:01

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Tombini diz que inflação seguirá em queda e que BC está vigilante

A inflação acumulada em doze meses tem recuado nos últimos cinco meses e assim vai continuar, segundo o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Em doze meses até novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,77%, abaixo dos 5,84% em doze meses até outubro deste ano.

"A inflação vem para baixo em 2013 [frente ao patamar de 5,84% registrado em 2012]. Tivemos um desafio grande. Nos últimos cinco meses, temos conseguido trazer a inflação acumulada em doze meses para baixo. Esse processo vai continuar. O Banco Central tem estado vigilante em todo esse período no sentido de fazer isso acontecer", declarou o presidente do BC, que participou de café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira (12).

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Desde abril deste ano, a autoridade monetária tem elevado a taxa básica de juros da economia brasileira para conter a alta da inflação. Foram seis elevações consecutivas, o que levou a taxa Selic de 7,25% ao ano, em abril, para 10% ao ano em novembro. A expectativa do mercado financeiro é de uma elevação de 0,25 ponto percentual em janeiro, para 10,25% ao ano.

Transição na economia mundial

O presidente do Banco Central também observou que há um processo de transição ocorrendo no mundo econômico, com a sinalização de retirada dos estímulos monetários nos Estados Unidos, e analisou isso será positivo para a economia global.

Com a possibilidade de menos recursos circularem nos mercados nos próximos meses, em consequência do fim dos estímulos e da retomada da atividade na economia norte-americana, já está havendo volatilidade [sobe e desce de cotações], principalmente no mercado de câmbio. Entre maio e agosto, por exemplo, o dólar disparou no Brasil. Depois foi contido com o anúncio do programa cambial do BC, mas voltou a subir nas últimas semanas.

Para Alexandre Tombini,  essa volatilidade é "do bem", uma vez que é resultado da economia dos Estados Unidos voltando ao normal. "Depois de cinco anos da crise financeira internacional, começa-se o processo de normalização das condições. Não é um processo sincronizado. Há diferenças entre as principais áreas econômicas, mas a principal área economica do planeta, os Estados Unidos, uma economia de US$ 16 trilhões, já está mais avançada neste novo período", declarou.

O presidente do BC acrescentou que a retomada dos Estados Unidos representa uma "transição para um mundo melhor", no sentido de que a economia global deve apresentar uma recuperação em relação aos últimos cinco anos.

"O comércio internacional deve se beneficiar. E países como o nosso também poderão aproveitar à frente. Agora, esse processo de transição encerra desafios. A gente tem tido um gostinho dessa volatilidade que se instalou nos mercados internacionais desde meados de maio, com altos e baixos. Mas eu diria que é a volatilidade do bem no sentido de que vem em função de um início de processo de normalização das condições depois de tanto tempo de exceção nas condições financeiras e monetárias internacionais", afirmou.

Na avaliação de Alexandre Tombini, o Brasil está bem posicionado para esse processo de transição. "Tomou várias medidas ao longo do tempo. Levantou algumas defesas importantes e vai transitar nesse período para fazer com que ali na frente a economia possa se beneficiar desse quadro internacional melhor", disse.

Fonte: G1

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