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BC reduz estimativa de inflação para 2014, que segue próxima de 6%

Embora ainda permaneça próxima da marca dos 6%, o Banco Central revisou para baixo sua expectativa para o crescimento da inflação em 2014.

20/12/2013 11:56

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BC reduz estimativa de inflação para 2014, que segue próxima de 6%

Embora ainda permaneça próxima da marca dos 6%, o Banco Central revisou para baixo sua expectativa para o crescimento da inflação em 2014 e também estimou um índice menor para o ano de 2015, segundo informações contidas no relatório de inflação do quarto trimestre deste ano, divulgado nesta sexta-feira (20).

De acordo com a instituição, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado como base do sistema de metas de inflação do governo federal, deverá chegar a 5,8% em 2013 (mesmo valor estimado em setembro, quando foi feita a última previsão) e 5,6% em 2014.

Para o ano que vem, a nova expectativa representa queda, visto que, em setembro deste ano, a autoridade monetária previa um IPCA de 5,7% para o próximo ano.

A autoridade monetária também divulgou nesta sexta-feira, pela primeira vez, sua previsão para o comportamento da inflação em 2015. De acordo com o Banco Central, a inflação deverá registrar novo recuo em 2015 - ficando entre 5,3% e 5,4%.

Sistema de metas
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013, 2014 e 2015, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Assim, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Deste modo, as estimativas do BC divulgadas nesta segunda-feira mostram o IPCA longe da meta central de 4,5% estabelecida para 2013, 2014 e 2015 - a exemplo do que já aconteceu em 2011 e 2012. Apesar das metas existentes, o presidente do BC, Alexandre Tombini, tem prometido somente que a inflação deste ano ficará abaixo daquela registrada em 2012 (5,84%). Ele também quer continuidade da queda do IPCA em 2014, ano eleitoral.

Os dados mostram que o BC manteve a taxa básica de juros inalterada na mínima histórica, em 7,25% ao ano, atual patamar, entre outubro do ano passado e abril de 2013, mesmo com a deterioração do cenário de inflação registrado no primeiro trimestre deste ano – explicitado no relatório de inflação e nas atas do Copom. Desde abril deste ano, entretanto, o BC promoveu seis elevações dos juros básicos - que atualmente estão em 10% ao ano.

Inflação 'subtrai' poder de compra
O Banco Central avaliou, no relatório de inflação, que taxas de inflação elevadas "subtraem" o poder de compra de salários e de transferências, com "repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias".

"Por conseguinte, taxas de inflação elevadas reduzem o potencial de crescimento da economia, bem como de geração de empregos e de renda. Dessa forma, o Comitê destaca que, em momentos como o atual, a política monetária [definição dos juros] deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos doze meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária", informou.

A autoridade monetária também ponderou que a "transmissão dos efeitos das ações de política monetária [juros] para a inflação ocorre com defasagens". O mercado financeiro espera nova alta dos juros básicos da economia em janeiro, de 10% para 10,25% ao ano.

Inflação acima da meta oficial
De acordo com números oficiais, a inflação ficou bem acima da meta central do governo em 10 dos 14 anos de existência das metas. E, segundo as novas previsões do BC para o IPCA, assim deve permanecer em 2013 e 2014.

De acordo com levantamento na base de dados do governo federal, a inflação ficou abaixo da meta central somente em quatro anos (2000, 2006, 2007 e 2009). Nesses anos, respectivamente, o IPCA somou 5,97% (para uma meta central de 6%), 3,14%, 4,46% e 4,31%.  Em 2006, 2007 e 2009, a meta central estabelecida pelo governo foi de 4,5%.

Ao mesmo tempo, entre 1999 e 2012 (considerando todos os anos), a inflação média do país, pelo IPCA somou 6,69%, enquanto que a meta central "média" foi de 4,60%. Ou seja, o IPCA ficou cerca de 45% acima da meta central desde a início do sistema de metas.

Fonte: G1

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