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Banco Central baixa para 2,3% previsão de alta do PIB neste ano

O Banco Central reduziu sua previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano para 2,3% no relatório de inflação do quarto trimestre, divulgado nesta sexta-feira (20).

20/12/2013 11:58

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Banco Central baixa para 2,3% previsão de alta do PIB neste ano

O Banco Central reduziu sua previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano para 2,3% no relatório de inflação do quarto trimestre, divulgado nesta sexta-feira (20).

É a terceira vez seguida que a instituição revisa para baixo a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013. No primeiro relatório, apresentado em março, a previsão era de 3,1%; em junho, caiu para 2,7%; em setembro, para 2,5%.

No início de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do terceiro trimestre deste ano registrou queda de 0,5%. No trimestre anterior, houve forte crescimento de 1,8% (número revisado) e nos três primeiros meses do ano a economia ficou estagnada (número revisado).

Em 2012, a economia brasileira crescer 1% (dado revisado) e, no ano anterior, 2,7%.

A previsão do BC para a expansão do PIB de 2013 está em linha com o que estima o mercado financeiro, cuja expectativa de alta, feita na semana passada, é justamente de 2,3%.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, por sua vez, tem dito que o crescimento da economia brasileira será de aproximadamente 2,5% em 2013.

"A atividade tende a retomar trajetória de expansão, favorecida, entre outros, pelas perspectivas de maior dinamismo da economia global e, no âmbito interno, por uma absorção que tende a continuar a ser positivamente influenciada pela evolução benigna do mercado de trabalho e pelos efeitos dos programas de concessão de serviços públicos", avaliou o Banco Central no relatório desta sexta.

A autoridade monetária informou ainda que a sua previsão para o crescimento do PIB nos 12 meses, até setembro de 2014, é também de 2,3%. A instituição ainda não divulgou sua estimativa para o crescimento do PIB em todo ano que vem.

Medidas de estímulo

No decorrer dos últimos anos, o governo anunciou uma série de medidas para estimular a economia, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e carros, além do corte dos juros básicos da economia, do aumento do dólar e da redução em mais de R$ 100 bilhões dos chamados depósitos compulsórios (recursos que têm de ser mantidos no Banco Central e não podem ser emprestados).

O governo também reduziu, no ano passado, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento à desoneração da folha de pagamentos (abrindo mão de alguns impostos ou taxas), que já conta com mais de 40 setores beneficiados, liberou mais crédito para os estados, anunciou um programa de compras governamentais de R$ 8,4 bilhões, e também tomou medidas de defesa da concorrência.

As medidas de estímulo tiveram por objetivo combater os efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira. A crise, atualmente, ainda tem mostrado efeitos na Europa, ao mesmo tempo em que a China registra expansão inferior aos últimos anos. Nos Estados Unidos, há sinais de uma pequena aceleração da economia.

Com o aumento da inflação neste ano, o governo já começou a reverter algumas das medidas de estímulo adotadas – como a queda de juros que prevaleceu em 2012. Neste ano, os juros já subiram em seis oportunidades, para 10% ao ano. Além disso, o governo também começou a recompor o IPI da linha branca.

Componentes do PIB

O Banco Central estima um crescimento de 7,3% da produção agropecuária neste ano, contra a previsão anterior de uma alta de 10,5%. Já a expectativa para o aumento anual da produção da indústria passou de 1,1% para 1,3%, ao mesmo tem que a previsão para a expansão do setor de serviços caiu de 2,3% para 2% neste ano.

A projeção para o consumo das famílias foi revisada de 1,9% para 2,3% para 2013, "em linha com o crescimento acima do projetado no terceiro trimestre". A projeção para o consumo do governo passou de 1,8% para 2,1% e a relativa à formação bruta de capital fixo (investimentos) recuou de 6,5% para 6,8% de alta, informou o BC.

A estimativa para as exportações passou de 1,7% para 2,4% de alta e, no caso das importações, a estimativa de expansão avançou de 8,4% para 8,9% neste ano. "A contribuição da demanda interna para a expansão do PIB em 2013 é estimada em 3,3 pontos percentuais e a do setor externo, em -1,0 ponto percentual", informou a autoridade monetária.

Fonte: G1

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