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Namoros no trabalho crescem

Como ninguém sabe onde encontrará o amor da sua vida, não está livre de achá-lo em pleno local de trabalho.

06/01/2014 12:14

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Namoros no trabalho crescem

Como ninguém sabe onde encontrará o amor da sua vida, não está livre de achá-lo em pleno local de trabalho. E como os namoros internos estão mais cada vez mais comuns, as empresas tiveram que se adaptar. Algumas ainda proíbem, no entanto, o mais usual são regras para conciliar os casos de amor e a boa produtividade. Nos últimos oito anos, o percentual de empresas que criaram normas para relacionamentos no local onde se ganha o pão mais do que dobrou. Eram 20% em 2005. Hoje já são 42%.

Os dados foram levantados pela Society for Human Resource Management (SHEM), associação internacional de recursos humanos, com base em companhias dos Estados Unidos. Mas, de acordo com o diretor presidente da consultoria Rhumo Empresarial, Sérgio Campos, o estudo serve de parâmetro para a realidade brasileira. “O número de empresas com regras para namoro aumentou porque os casos de namoro também aumentaram. Existem algumas pesquisas que afirmam que empresas formadas por casais faturam de 20% a 25% a mais”, diz.

Ele avalia que seria muito mais improdutivo proibir. “Com o pleno emprego, as empresas não podem se dar ao luxo de demitir uma pessoa porque ela namora lá dentro, se não pode perder dois bons profissionais. Ela tem que preocupar se está gerando resultados para o acionista, para a sociedade e para o empregado. Tem que se preocupar em tornar a empresa mais desejável para se trabalhar”, ressalta.

O consultor corporativo e neurocientista do Instituto Brasileiro de Gestão Avançada (IBGA) Aguilar Pinheiro afirma que regras são saudáveis e necessárias. “A empresa não tem como tolher um relacionamento”, destaca.

O presidente da Comissão de Direitos Sociais e Trabalhistas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG), João Carlos Amorim, explica que as empresas podem proibir o namoro. “Se ela estabelece regras e acha que o relacionamento está comprometendo a produtividade, ela pode demitir, baseada no direito de dispensa. O que não pode de jeito nenhum é demitir por justa causa. Mas, se fizer todas as indenizações previstas no contrato, pode sim”, explica Amorim.

Para Pinheiro, a proibição não é a saída, mas as regras são fundamentais. “Quando tudo está claro, a situação é boa para funcionário, porque ele terá a segurança de que não está fazendo nada errado; e é boa para a empresa, que terá o casal como cúmplice”, analisa o neurocientista.

Bom senso. Também há o outro lado. Uma crise conjugal pode trazer impactos negativos. “O ideal é que prevaleça o bom senso. Os casais não devem brigar, ter crises de ciúmes e devem seguir regras básicas como evitar chamar o outro por apelidos carinhosos. Imagina chamar a namorada de ‘pretinha’ na frente de um cliente”, afirma Pinheiro.

A coordenadora de recursos humanos do hotel Tauá, Viviane Magalhães, afirma que lá a única regra é o bom senso. “Estamos localizados em Caeté, uma cidade pequena, onde é difícil achar mão de obra. Por isso, incentivamos as indicações de familiares e namorados”, diz.

Quando a gerente geral do hotel, Fernanda Regina dos Santos, 29, começou a namorar Flaviano Aganete, há 13 anos, ele já trabalhava no Tauá. “É bom poder compartilhar a rotina. Se ele não fosse da minha área, seria complicado entender o trabalho nos fins de semana e feriados. Não misturamos problemas pessoais com o trabalho e nos tratamos como colegas no ambiente de trabalho”, conta. Para Fernanda, o segredo é a discrição. “Tem gente que nem sabe que somos namorados”, diz.

Fonte: O Tempo

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