Para a Confederação Nacional e Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de proteção ao Crédito (SPC Brasil), o crescimento de vendas a prazo deve ser menor em 2014, ficando em 4%, já descontada a inflação. No ano anterior, as vendas a prazo encerraram com alta de 4,12%, contra 7,16% em 2012.
Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, "até 2012, o cenário macroeconômico foi muito favorável para o comércio. As medidas adotadas pelo governo para estimular o mercado interno frente à crise econômica global foram sucedidas, mas o ciclo de crescimento do varejo em patamares chineses ficou para trás e agora estamos com um crescimento mais modesto, ainda que superior ao PIB nacional".
A economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, alerta que se a economia brasileira continua em ritmo desacelerado no próximo ano e o goverto tenha dificuldades para domar a inflação, a taxa desemprego corre o risco de sofrer um leve aumento e consequentemente afetar o consumo.
Este ano, com o acontecimento da Copa do Mundo no Brasil, Pellizzaro Junior acredita que nem todos os setores sairão lucrando da mesma forma. O comércio de alimentos, bebidas, supermercado e produtos eletrônicos devem ser mais positivamente impactados do que outros, como os de vestuários e calçados, que vendem a prazo.
"A experiência da Copa das Confederações mostrou que as cidades que receberam jogos decretaram ponto facultativo e o comércio acabou fechando as portas mais cedo, além das manifestações de rua, que prejudicaram as vendas. O mesmo padrão pode se repetir este ano", comenta Pellizzaro.
Fonte: Infomoney