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MEI ajuda na inclusão de jovens

De acordo com o estudo, além do crescimento, esses jovens têm apresentado também uma maior qualificação

20/01/2014 04:40

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MEI ajuda na inclusão de jovens

A figura jurídica do microempreendedor individual (MEI) , criada no Brasil pela Lei Geral, em 2009, tem funcionado como um importante instrumento de inserção dos jovens no setor produtivo. Somente no período de 2011 e 2013, a quantidade de jovens com até 24 anos que se tornaram MEI – aqueles que faturam até R$ 60 mil por ano - passou de 205 mil para 350 mil, aumento de 71% em apenas dois anos, segundo apontou pesquisa que o Sebrae acaba de concluir. 

“Há uma nova geração de pessoas pensando em negócios que já percebem que o empreendedorismo é uma alternativa de ocupação e renda no Brasil. Não podemos pensar em um país apenas de funcionários”, avalia o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. Ele destaca ainda que o país está vivendo um momento de mudança no comportamento do empreendedor: “ter jovens interessados em empreender é uma boa sinalização para o futuro”.

De acordo com o estudo, além do crescimento, esses jovens têm apresentado também uma maior qualificação. Os empreendedores com até 24 anos apresentam um nível escolar bem superior à média do total do público MEI - que já contabiliza 3,5 milhões desde a criação da figura legal. Ao todo, 52% dos microempreendedores individuais jovens fizeram o Ensino Médio ou Técnico completo e outros 30% iniciaram, pelo menos, um curso superior. Quando consideramos os microempreendedores individuais de todas as faixas etárias, a média cai para 44% entre aqueles com Ensino Médio ou Técnico e de 19% para os que iniciaram uma faculdade.

O maior nível escolar desses jovens, segundo Barretto, tem reflexo direto no sucesso dos empreendimentos. “Abrir e gerir uma empresa exige um conjunto de habilidades e conhecimentos. Mais escolarizados, a tendência é do empreendedor abrir um negócio por oportunidade e não mais por necessidade”, analisa. O presidente do Sebrae alerta, no entanto, que isso não exime esses jovens da busca por maior capacitação.

O levantamento feito pelo Sebrae também demonstra que quase 59% desse jovens são negros ou pardos e mais de 85% pertencem, no mínimo, à classe média. A principal região onde eles se concentram é na Sudeste, com 46,3%, seguida pela Nordeste, com 22,9%, e pela Sul, com 11,7%.

A fim de atender esse público, o Sebrae criou um roteiro para facilitar a abertura da empresa. O site Quero Abrir um Negócio, por exemplo, ajuda desde a quem ainda não sabe por onde começar até a quem que já escolheu em que ramo atuar.

Além disso, tem investido fortemente na educação empreendedora com o objetivo de preparar os estudantes para o mercado de trabalho e estimular competências que os ajudarão no futuro a se tornarem profissionais empreendedores, autônomos, com competências múltiplas, que saibam trabalhar em equipe, tenham capacidade de aprender com situações novas e complexas.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru - SP

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