O Brasil criou 1.117.717 postos de trabalho com carteira assinada em 2013, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira (21). O número representa uma queda de 18% na comparação com o total de 1.372.594 empregos criados em 2012 – na série ajustada – e é o pior resultado em 10 anos. O resultado só foi melhor que o verificado no ano de 2003, quando foram gerados 821.704 empregos.
O saldo do ano passado é resultado de 22.092.164 admissões e 20.974.993 demissões. O saldo de empregos em 2013 caiu 18,61% ante 2012, de acordo com a série ajustada, cujo resultado de 2012 é de 1.372.594. Pela série sem ajuste, em que 2012 teve saldo de 868.241, a alta em 2013 foi de 28,67%.
A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE e é a preferida do Ministério do Trabalho e Emprego. Após esse período, há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.
O Ministério do Trabalho ressaltou que, apesar da desaceleração, o mercado de trabalho formal apresentou, pelo quinto mês consecutivo (de agosto a dezembro), maio dinamismo frente ao mesmo período de 2012.
O setor de serviços foi o que mais gerou empregos em 2013, de acordo com dados do Caged. O saldo líquido de geração de vagas em serviços foi de 546.917 vagas no ano passado. O setor de comércio gerou 301.095 vagas; a indústria de transformação, 126.359 vagas; a construção civil, 107.024 vagas; a administração pública, 22.841 vagas; a indústria extrativa mineral, 2.680 vagas; e a agricultura, 1.872 vagas.
Saldo de emprego formal é negativo em dezembro
O saldo líquido de empregos formais fechados em dezembro de 2013 foi de 449.444 vagas. O saldo do mês passado é resultado de 1.094.522 admissões e de 1.543.966 demissões. O saldo de empregos em dezembro, apesar de negativo, foi 10,65% melhor do que o visto em dezembro de 2012, quando houve fechamento de 503.041 vagas pela série ajustada.
Já pela série sem ajuste, a melhora foi de 9,56% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando o volume de vagas fechadas foi de 496.944.
A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE e é a preferida do Ministério do Trabalho e Emprego. Após esse período, há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, estimou que, em 2014, o Brasil criará entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de novos empregos.
"Todos os números do Ministério do Trabalho são excelentes, o que nos sugerem que nós tenhamos em 2014 um ano melhor do que foi 2013", disse o ministro. "O crescimento do PIB aponta para isso", crescentou Dias, que observou que o comércio é um dos setores que deverá puxar a criação de vagas.
O ministro atribuiu a desaceleração do mercado de trabalho em 2013 ao cenário econômico. "Nós tivemos um crescimento do PIB que não foi alto. Não pode a geração de emprego contrariar a realidade. Mesmo assim, crescemos além e acima do que indicaria, por exemplo, o crescimento do PIB" - afirmou.
Rio Grande do Sul foi o 4º estado que mais gerou vagas no ano passado
Em 2013, considerando a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, foram gerados 90.164 empregos celetistas no Rio Grande do Sul, o que representou um crescimento do emprego de 3,47% no ano. O resultado, também apontado pelo Caged, é superior ao registrado em 2012 (81.404 novos postos).
Tal expansão deveu-se principalmente ao crescimento do emprego nos setores de Serviços (+40.889 postos), do Comércio (+24.571 postos) e da Indústria de Transformação (+14.369 postos).
Entre os estados, os destaques foram São Paulo (267.812 postos), Rio de Janeiro (100.808) e Paraná (90.349) e Rio Grande do Sul (90.164). Os estados que apresentaram declínio foram Rondônia (-3.221 postos) e Alagoas (-1.484).
Fonte: Jornal do Comercio