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Cartão pré-pago para viajar ainda vale a pena?

Com elevação de imposto, comprar dólar, euro ou qualquer outra moeda estrangeira em espécie ficou bem mais barato; mas os cartões devem ser abandonados?

29/01/2014 10:04

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Cartão pré-pago para viajar ainda vale a pena?

Depois de o governo ter elevado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para a compra de moeda estrangeiro no cartão pré-pago, comprar dinheiro em espécie para viajar tornou-se bem mais barato.

Mas isso não tirou totalmente a vantagem dos cartões pré-pagos que, na opinião de especialistas, não deveriam ser totalmente descartados na hora de planejar a viagem.

Enquanto que o IOF para a compra de papel-moeda é de 0,38%, o imposto é de 6,38% para carregar o cartão pré-pago, o mesmo percentual para as compras nos cartões de débito e de crédito internacionais.

Em contrapartida, carregar muito dinheiro vivo no bolso pode ser arriscado, uma vez que o viajante fica mais vulnerável a roubos, furtos e perdas.

Além disso, os cartões têm outras vantagens e facilidades que podem ajudar no planejamento financeiro. 

Na opinião do planejador financeiro certificado (CFP) pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), Valter Police, o planejamento da viagem deve levar em conta todos os meios de pagamento.

A priorização de um ou outro deve atender ao perfil do viajante. “Se a pessoa prioriza segurança, deve dar preferência aos valores no cartão”, diz Police.

O diretor da corretora de câmbio Cotação, Alexandre Fialho, diz que, desde a medida que elevou o IOF do cartão pré-pago, a compra de moeda estrangeira para esse meio de pagamento caiu 40%.

“Antes, o cartão pré-pago respondia por 50% do nosso volume de vendas, sendo o papel-moeda responsável pela outra metade. Depois da medida, houve uma migração: 30% do volume no pré-pago e 70% no papel-moeda”, diz Fialho.

Para ele, se a pessoa deseja pagar mais barato, deve priorizar o papel-moeda. No entanto, deve levar algum dinheiro no cartão pré-pago, nem que seja uma quantia baixa, como 300 dólares.

“Se a pessoa for assaltada ou perder seu dinheiro em espécie, poderá fazer uma recarga no cartão para não ficar sem recursos. Se o cartão também tiver sido levado, basta um telefonema para que outro seja enviado”, diz o diretor da Cotação.

Segundo ele, a carga no cartão leva menos de 24 horas e pode ser feita pela internet. Já a entrega de um novo cartão em caso de perda ou roubo ocorre em até 72 horas e o pedido é feito por telefone.

Além disso, ele explica que o cartão pré-pago ainda se mostra vantajoso para certos segmentos, como os pais que mandam os filhos para o exterior para um intercâmbio de muitos meses e as empresas que enviam seus executivos em viagens.

“Para um jovem que vá fazer intercâmbio no exterior por seis meses, por exemplo, é complicado levar todo o dinheiro vivo do Brasil. O cartão pré-pago oferece mais segurança, e possibilita aos pais fazerem recargas periódicas, além de acessar o extrato do filho online”, diz Fialho.

Fonte: Exame

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