x

Conselho da Petrobras pede redução de endividamento por nota de risco

Em ata de reunião, grupo diz que dívida pode fazer nota de risco cair. Com isso, empresa teria um custo maior para levantar dinheiro no mercado.

15/03/2014 10:12

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
Conselho da Petrobras pede redução de endividamento por nota de risco

O Conselho Fiscal da Petrobras recomendou à empresa que reduza o nível de endividamento da empresa para evitar um rebaixamento da nota de risco, o que eleva o custo de financiamento.

A recomendação foi dada na reunião do conselho do dia 25 de fevereiro, e se tornou pública por meio da ata divulgada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

"Este colegiado recomenda à administração da companhia que envide esforços para reduzir a alavancagem (empréstimos e outras formas de crédito voltados a aumentar as possibilidades de rendimento) da Petrobras tendo em vista que a deterioração deste múltiplo põe em risco o atual rating de crédito", diz a ata.

O rating, ou nota de risco, é definido por agências internacionais e é uma referência para investidores sobre a "saúde financeira" e a possibilidade de não pagamento das dívidas e outras obrigações. Essa nota influencia o custo de se levantar dinheiro no mercado, já que se pode cobrar juros maiores porque o risco também é mais alto.

Mais endividada do mundo
No ano passado, a Petrobras foi classificada como a empresa mais endividada do mundo em um relatório do Bank of America Merrill Lynch. A empresa vem aumentando o tamanho de suas emissões de bônus em dólares ano após ano, pelo menos desde 2009, elevando os custos de financiamento.

No início da semana, a estatal lançou uma oferta de US$ 8,5 bilhões em bônus no exterior, com a demanda pelos papéis superando os US$ 22 bilhões, segundo o IFR, um serviço da agência de notícias Thomson Reuters.

Os recursos captados pela Petrobras devem ser usados para ajudar a financiar o plano de negócios da companhia de 2014 a 2018. Os investimentos da empresa estimados para o período de cinco anos foram reduzidos em quase 7% em relação ao plano anterior, ainda assim para o robusto montante de US$ 220,6 bilhões.

A Petrobras sofre com alto endividamento e defasagem dos preços dos combustíveis no mercado interno na comparação com os preços internacionais, além de estar enfrentando obstáculos para elevar sua produção. As ações da companhia rondam o nível de 2005.

Fonte: G1

Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.