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Mercado prevê duas altas seguidas na Selic

Analistas de mercado elevaram novamente suas projeções para a inflação.

01/04/2014 07:34

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Mercado prevê duas altas seguidas na Selic

Analistas de mercado elevaram novamente suas projeções para a inflação. Nesta semana, o relatório Focus, do Banco Central, aponta uma expectativa de alta de 6,3% para o IPCA em 2014, bem próximo do teto da meta estipulado pelo governo, de 6,5%. Na semana passada, os analistas previam uma alta de 6,28% para a inflação, e, há um mês, 6%.

Aumentou também a projeção para o IPCA de março, de 0,83% para 0,84%. A estimativa para a leitura dos últimos 12 meses, por sua vez, cedeu de 6,2% para 6,14%, enquanto a aposta para o IPCA em 2015 se manteve em 5,8%.

A expectativa do próprio BC a respeito da inflação se deteriorou. Em seu Relatório Trimestral de Inflação, divulgado na semana passada, a autoridade monetária elevou sua estimativa para o IPCA de 5,6% para 6,1% neste ano, devido aos preços administrados, aproximando-se ainda mais do teto da meta.

Com sinais ainda de pressão sobre os preços, economistas de instituições financeiras pioraram suas projeções para a inflação neste ano pela quarta vez seguida, ao mesmo tempo em que cravaram as apostas de mais uma elevação de 0,25 ponto percentual na Selic nesta semana e passaram a ver outra em maio. Com as altas, mantiveram a expectativa para a taxa Selic, o juro básico da economia, para a fim deste ano em 11,25% e em 12% no fim de 2015.

O Copom se reúne nesta semana para definir a taxa Selic, atualmente em 10,75%. Analistas avaliam que para conter o aumento da inflação, que se mostra resistente, o colegiado terá que elevar a taxa mais do que o esperado anteriormente. Já entre os analistas Top 5 - aqueles que mais acertam as projeções -, ocorreu o inverso. Eles mantiveram suas estimativas para a inflação, mas elevaram suas apostas para a Selic.

A mediana de médio prazo do grupo para o IPCA em 2014 seguiu em 6,57% e, para 2015, em 6%. Já a mesma mediana para a Selic subiu de 11,75% para 12% em 2014, e de 12% para 13% em 2015. Sobre a expansão da economia neste ano, a estimativa foi ligeiramente ajustada a 1,69%, ante 1,70% na leitura anterior.

Tombini dá poucas pistas sobre movimento do Copom

Do discurso do presidente do BC, Alexandre Tombini, feito no sábado, na reunião anual do BID, ficou a percepção de que ele reiterou o conteúdo um pouco mais duro do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março, que trouxe um aumento relevante para as projeções do BC para o IPCA de 2014 e 2015. Para vários economistas, o dirigente não fez nenhum reparo à interpretação da maioria dos analistas de mercado que viram no documento um tom preocupado e passaram a prever que o BC elevará os juros também em maio para conter a inflação.

O pronunciamento de Tombini teve o cuidado de dar poucas pistas sobre os movimentos do Copom. “A autoridade monetária ficará dependente de dados. Como faltam quase dois meses para a última reunião do semestre, o BC prefere manifestar uma posição ambígua, pois não é possível prever como vai ser o comportamento da inflação até aquela data”, comentou Alberto Ramos, da Goldman Sachs.

Fonte: Jornal do Comércio

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