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Selic sobe para 11% ao ano

Pela nona vez seguida, o Banco Central reajustou os juros básicos da economia.

03/04/2014 07:25

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Selic sobe para 11% ao ano

Pela nona vez seguida, o Banco Central reajustou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 11% ao ano. É o maior nível desde janeiro de 2011, época em que a presidente Dilma Rousseff tomou posse, quando a taxa estava em 10,75% ao ano.

Em agosto daquele ano, a taxa passou a ser reduzida sucessivamente pelo Copom até atingir 7,25% ao ano, em outubro de 2012, o menor valor da história. A Selic foi mantida nesse patamar até abril de 2013, quando o Copom iniciou um novo ciclo de alta para conter a inflação.

A taxa Selic é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dentro da meta estabelecida pela equipe econômica. De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação corresponde a 4,5% (centro da meta), com margem de tolerância de 2 pontos percentuais, podendo variar entre 2,5% (piso da meta) e 6,5% (teto da meta).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumulado em 12 meses estava em 5,68% até fevereiro, alta em relação aos 5,59% acumulados até janeiro. Mesmo assim, o índice acumulado desacelerou na comparação com junho, quando chegou a 6,7% e superou o teto da meta de inflação do governo. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA encerrará 2014 em 6,3%. A estimativa foi elevada pela quarta semana seguida.

Por outro lado, o aumento da taxa Selic prejudica o reaquecimento da economia, que cresceu 2,3% no ano passado e ainda está sob o efeito de estímulos do governo, como desonerações e crédito barato. De acordo com o Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de 1,69% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la, o Banco Central contém o excesso de demanda, que se reflete no aumento de preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

O aumento da taxa de juros foi criticado por líderes empresariais. “Diante do cenário econômico brasileiro cheio de incertezas, medidas que vêm no sentido de aumentá-las ainda mais contribuem de forma negativa para a produção do País“, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller. 

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) acreditam que o novo aumento reduzirá ainda mais a capacidade de crescimento da economia brasileira e impactará negativamente, sobretudo, no nível de investimentos e no consumo das famílias. 

Fonte: Jornal do Comércio

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