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Mínimo ideal seria de R$ 2.092,36

06/07/2010 00:00

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Mínimo ideal seria de R$ 2.092,36

Levantamento divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o valor do salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ter sido de R$ 2.092,36 em junho, para ele suprir suas necessidades básicas e as da família. A constatação foi feita por meio da Pesquisa Nacional da Cesta Básica.

Com base no maior valor apurado para a cesta em junho, de R$ 249,06, no município de São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,1 vezes superior ao piso em vigor no período, de R$ 510.

No mês de maio, o mínimo ideal era estimado em R$ 2.157,88 (4,23 vezes o menor salário legal). Em junho de 2009, correspondia a R$ 2.046,99, ou seja, 4,4 vezes o valor então vigente, de R$ 465.

O Dieese informou também que, para adquirir a cesta básica em junho, o trabalhador que ganha salário mínimo precisou cumprir, na média das 17 capitais pesquisadas, jornada de 94 horas e 56 minutos, tempo menor que o exigido em maio (97 horas e 39 minutos). Em junho de 2009, a mesma compra comprometia jornada bem inferior, de 90 horas e 14 minutos.

Quedas - O preço médio da cesta básica registrou queda em junho, na comparação com maio, em 16 das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Dieese. As maiores reduções no valor do conjunto de produtos alimentícios essenciais foram observadas em Manaus (-5,14%), Rio de Janeiro (-5,08%) e Vitória (-4,83%).

A única capital em que a cesta básica teve aumento de preços foi Goiânia (elevação de 5,22%), onde, de acordo com dados do Dieese, o preço do feijão explicou a maior parte a variação. Em São Paulo, a cesta básica ficou em R$ 249,06, valor 2,83% menor que o registrado no mês de maio.

No primeiro semestre deste ano, todas as localidades pesquisadas tiveram aumento acumulado no conjunto de preços. As maiores variações foram registradas nas capitais nordestinas de Recife (21,88%), Goiânia (16,88%), Natal (13,8%), João Pessoa (13,66%) e Salvador (13,49%). As cestas de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro acumularam altas de 3,68%, de 9,15% e de 6,94%, respectivamente.

Nos 12 meses até junho de 2010, somente em Fortaleza foi observada redução no valor da cesta (-3,58%). No período, Manaus apresentou a maior variação para o conjunto dos produtos, de 10,64%.

Entre as 16 cidades com variações positivas, as menores altas para a cesta foram verificadas em Vitória (1,68%), Porto Alegre (1,84%) e Aracaju (4,43%). Em São Paulo, a variação acumulada positiva foi de 9,19%; em Brasília, de 6,52%; e, no Rio de Janeiro, de 3,61%.

São Paulo - A capital paulista apresentou a cesta básica mais cara do Brasil no período. De acordo com o Dieese, apesar de São Paulo liderar o ranking das cestas mais caras do País em junho, sete dos 13 produtos que compõem o conjunto de itens essenciais tiveram queda.

As maiores reduções ficaram por conta da batata (-20,61%), do açúcar (-13%) e do tomate (-4,7%). Entre os produtos com alta, destacam-se a banana (0,5%), o arroz (0,48%) e o café, com variação de 0,33%.

Fonte: Diário do Comércio

Enviado por: Wilson Fernando de A. Fortunato

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