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Liberais criticam modelos de condução socioeconômica

A falta do interesse político em resolver questões estruturais que emperram o desenvolvimento brasileiro abriu a tarde de palestras no Fórum da Liberdade.

09/04/2014 07:39

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Liberais criticam modelos de condução socioeconômica

A falta do interesse político em resolver questões estruturais que emperram o desenvolvimento brasileiro abriu a tarde de palestras no Fórum da Liberdade. No painel Democracia e Estado de Direito, os debatedores fizeram duras críticas aos modelos de gestão do atual governo brasileiro.

Primeiro a se manifestar, o diretor presidente do Centro de Liderança Pública, Luiz Felipe D’Ávila, comparou o mundo político com a agricultura, que vive de safras e entressafras de nomes capazes de fazer a diferença para uma nação. No momento, conforme o cientista político, o planeta vive uma longa estiagem, que gera uma mediocridade das lideranças mundiais, pois não há um estadista na atualidade que pense no fortalecimento das instituições e deixe legado em seu governo.

Especialmente no Brasil, D’Ávila avalia que os governos dos últimos anos estão depredando as instituições. Mas também sobrou crítica aos liberais, que não estão participando ativamente da política brasileira. O especialista declarou que os políticos atuais fazem a defesa do que chamou de “meia entrada” para algumas categorias, ou seja, são eleitos apenas para beneficiar alguns setores e não a sociedade como um todo. Na mesma linha seguiu o presidente do Conselho Superior de Direito da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), Ives Gandra Martins, que defendeu uma dura reforma tributária, trabalhista e política no País, que hoje são arcabouços esclerosados e burocráticos.

Também conclamou os participantes a se engajarem mais ativamente na vida pública no Brasil e condenou a ideologia bolivariana de parte dos países da América Latina que colocam slogans como Bolsa Família, Mais Médicos e Minha Casa Minha Vida à frente de projetos estruturantes para a sociedade. “As instituições evoluíram, mas os homens que continuam no poder são os mesmos desde sempre. São criados slogans para dar meras quirelas à população, de forma a ajudar a eleger populistas”, salientou.

Trazendo o exemplo do Reino Unido, o representante de Yorkshire e North Lincolnshire no Parlamento Europeu, Godfrey Bloom, relatou as mudanças nos sistemas de lei do país, que estão sofrendo pesada interferência política. O próprio parlamento, segundo o britânico, tem autorizado cerca de 2 mil leis por ano. “A maioria das leis são inúteis.”


Por Nestor Tipa Junior

Fonte: Jornal do Comércio

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