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Você já aprendeu a usar seus medos para crescer?

A coragem é uma característica marcante das pessoas de sucesso, pois ela é a única força capaz de descortinar nossas qualidades ocultas.

23/04/2014 04:46

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Você já aprendeu a usar seus medos para crescer?

Quando nascemos, somos imediatamente ensinados que o mundo é uma esfera em que a maldade impera livremente, desta forma sentimentos como medo, timidez e ansiedade logo passam a fazer parte de nossas vidas, cabendo a nós administrá-los. Logo, o homem irá travar uma batalha intrapessoal perpetuamente, tentando equilibrar suas emoções, e a vitória somente será dada aos bons “malabaristas”.

O problema é que esses sentimentos limitam o potencial humano, porquanto eles possuem o poder de impedir o desenvolvimento das competências existentes em cada um de nós. Por isso Elbert Hubbard disse que: “O maior erro que você pode cometer, é o de ficar o tempo todo com medo de cometer algum.”

Portanto, um paradoxo é criado: de um lado temos a prudência e do outro, a coragem, de modo que o estado de homeostase (equilíbrio) se encontra no meio do caminho, cabendo a nós encontra-lo. E a dificuldade reside no fato de que muitos arquétipos são gerados constantemente, criando ilusões que fazem com que nossa mente interprete erroneamente a realidade. Em outras palavras, deixamos de fazer algo importante por temermos uma consequência que provavelmente, sequer existe.

Permita-me desmembrar essa questão com um exemplo de minha infância: quando pequenino, eu tinha muito pavor de um porão que existia na casa de um amigo, pois era um lugar escuro e parecia emanar alguns sons macabros que não ousarei explicar. Assim, eu sempre evitava transitar por aquele ambiente até o destino literalmente me obrigar a encará-lo.

Foi mais ou menos assim: o vizinho possuía uma cadelinha que me odiava (mesmo sem eu ter feito nada a ela) e todos os dias quando eu passava pelo local, ela latia, rosnava e fazia cara feia para mim. Eu não me preocupava nem um pouquinho, pois enquanto ela estivesse presa, obviamente nada aconteceria comigo. No entanto, um certo dia e por um motivo que desconheço até os dias atuais, ela apareceu na porta da casa do meu amigo e notando a minha presença, rapidamente partiu em minha direção quase que na velocidade da luz, me recordo que ela ostentava um olhar que misturava furor e intrepidez, me deixando intimidado e completamente amedrontado naquele momento.

Com pouquíssimo tempo para pensar, eu tinha duas escolhas, a saber: ou eu entrava no porão que me atormentara a vida inteira, ou era devorado por aqueles dentes que me lembravam os do tubarão branco: afiados, enormes e prontos para dilacerarem a minha carne.

Com a imponência de um guerreiro medieval, imediatamente tomei coragem e entrei no temido porão. Obviamente, a reação não poderia ser outra: suor, batimentos cardíacos acelerados, tremores e respiração ofegante tomaram conta do meu ser naquela manhã chuvosa que mais parecia um filme de terror, destes bem angustiantes.

Ao olhar as escadas escuras daquele mausoléu infernal e ao ouvir os latidos do cão atrás da porta em que eu estava, não me restou outra alternativa senão a de descer e conhecer o trevoso lugar que tanto me perseguia. O interessante é que para minha surpresa, ao ascender uma lâmpada que existia no meio do caminho, todos os meus medos se extinguiram imediatamente, tendo em conta que não tinha nada de mais ali e eu havia criado um monstro que somente tinha vida na minha cabeça.

Naquele momento um surto de contentamento tomou conta da minha alma e aprendi uma lição fundamental para a minha trajetória pessoal e profissional: que a curiosidade é um atributo essencial para quem busca evoluir e o medo é o seu principal inimigo. Portanto, para sermos grandes líderes, devemos romper os padrões já estabelecidos, rumando para mares nunca antes navegados, sem temer a ventos e tempestades.

Um exemplo simples e verídico de como usar o medo a nosso favor

Walt Disney, o paladino da criatividade e criador do maior império infantil desta terra, decidiu ter como principal celebridade de sua tropa o famoso e amável ratinho Mickey Mouse, que encanta as crianças de todo o mundo com sua capacidade ímpar de alegrar aqueles que o rodeiam.

Pensando de uma forma periférica, o maior mérito do nosso inspirado escultor não consiste no fato ter ficado famoso mundialmente, ou em ostentar o maior e melhor parque de diversões do planeta, mas sim na capacidade de transformar um animal asqueroso em um dos personagens mais queridos e amados pelas crianças de toda a nossa era.

Como se não bastasse essa bela sacada, há algo mais interessante do que tudo isso exposto acima: o notável americano tinha pavor de ratos, pois os julgava com uma aparência bizarra e totalmente desprovida de qualquer tipo de amabilidade. Destarte, ele tinha total aversão e completo desprezo por tais criaturas, todavia, como todo exímio líder, que tem nas veias o poder de quebrar paradigmas e transformar o caos em passividade, Walt Disney decidiu criar um personagem totalmente diferente de sua realidade natural: um bichinho carismático, meigo e que pode dormir em nossas camas tranquilamente. Todavia, isso apenas foi possível porque Disney acreditou que deveria encarar o problema de frente e, principalmente, que isso poderia ajudar a otimizar suas potencialidades.

Então pense comigo: se ele não tivesse tido perseverança e foco, talvez não teríamos a oportunidade de desfrutar desse paraíso em cores que ele criou e provavelmente, o mundo seria mais triste. Desta maneira, nossas ações tem o poder de fazer deste mundo um lugar melhor e isso nos remete a uma grande responsabilidade, haja vista que somos responsáveis pela evolução da humanidade e nossas atitudes erradas comprometem todo o globo terrestre.

Portanto, que possamos transformar nossos pânicos em oportunidades de crescimento, porquanto todas as variáveis (positivas e negativas) que existem nada mais são do que ferramentas que devemos utilizar para nos desenvolvermos e alcançarmos nossas conquistas.

Fonte: Administradores

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