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Já ouviu falar de piso salarial?

Toda categoria profissional tem um valor mínimo de remuneração estipulado por lei

24/04/2014 10:43

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Já ouviu falar de piso salarial?

Na hora de escolher uma profissão, além de considerar as atividades executadas, a rotina de trabalho e as oportunidades de carreira, é preciso ter em mente a média salarial paga aos profissionais da área. “Para não se frustrar na carreira, o profissional deve ter consciência de que se fez um curso de Filosofia, não vai ganhar o piso salarial de um médico”, explica Priscila Rignani, consultora de Recursos Humanos.

O piso salarial é um valor definido por meio da negociação entre o sindicato das categorias profissionais e as empresas. “O teto de uma profissão tem abrangência estadual ou municipal, a transação é realizada para garantir melhores salários e condições de trabalho”, explica Silvio Senne, advogado trabalhista.

É importante não confundir o piso salarial com o salário mínimo, que é válido em todo o território nacional e estipulado pelo Governo Federal. “Com o salário mínimo o Governo estipula o mais baixo valor de pagamento que os empregados devem receber”, diz.

Se o profissional trabalha em uma empresa que tem as leis baseadas nos sindicatos profissionais, ele deve receber o valor mínimo do piso salarial. Mas como saber se companhia tem vinculação com os sindicatos? “Para o profissional descobrir essa informação, ele deve entrar em contato com o sindicato da sua categoria profissional e verificar se a empresa está credenciada à associação”, conta ele.

Mesmo com o acordo fechado, algumas empresas não cumprem as normas e pagam um valor abaixo do estipulado. Segundo o advogado, o correto nesta situação é entrar com uma ação contra a companhia.

Antes de tomar essa atitude, no entanto, o profissional pode recorrer a outras alternativas para tentar resolver o problema. “Ele deve conversar diretamente com a área de Recursos Humanos e explicar o ocorrido. Caso o problema não seja resolvido, o trabalhador pode entrar em contato com o sindicato e informar que o combinado não está sendo cumprido”.

É preciso deixar claro que, ao registrar uma queixa contra a empresa, o profissional corre o risco de ser demitido. “O processo judicial é lento e na maioria dos casos ocorre o desligamento, por isso é importante que o trabalhador comece a procurar um novo emprego para não ficar deslocado no mercado”, afirma Silvio.

Dinheiro não é tudo – Muitas vezes, o profissional que recebe o piso pode desejar uma remuneração melhor e ficar em dúvida se deve ou não correr atrás de uma nova oportunidade. Antes de tomar uma decisão é preciso avaliar quais são os seus objetivos: “Você deve pensar o que quer alcançar primeiro: realização financeira ou profissional”, diz a consultora. 

Também é preciso levar em consideração as oportunidades que existem na empresa atual. “Pare e se pergunte: Há chances de crescer? De ocupar um cargo com um nível mais alto? Se as respostas forem afirmativas, pense que ao subir de cargo, provavelmente sua remuneração será mais alta”, afirma.

Além disso, nem sempre a empresa que melhor remunera contribuirá mais para o seu crescimento profissional. “Se o profissional recebe um salário menor, mas aprende mais e se desenvolve na carreira, vale a pena continuar no mesmo emprego”, acredita a consultora.

De acordo com Priscila é preciso tomar cuidado para não fazer uma escolha precipitada e se arrepender depois. “Quem entrou recentemente no mercado de trabalho ainda não sabe bem o que vale a pena valorizar. Com o tempo você pode perceber que prefere trabalhar em um bom ambiente profissional do que receber uma bolada de grana todo mês”, aconselha.

Para ter uma ideia do salário base pago em diferentes cargos e áreas também é possível consultar pesquisas salariais. Elas são frequentemente divulgadas e em jornais, sites e revistas.

Fonte: Terra

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