A economia da América Latina e Caribe deve crescer 2,7% em 2014, menos do que a estimativa anterior de 3,2%, em meio a incertezas sobre o cenário externo e ao desempenho mais fraco esperado para o Brasil e o México, projetou nesta terça-feira (29) a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Para o Brasil, a Cepal reduziu sua projeção de expansão para 2,3%. A última estimativa, divulgada em dezembro, trazia a previsão de crescimento de 2,6% para a economia brasileira. Segundo a entidade, a redução da expectativa de crescimento da América Latina e Caribe se deve a um contexto externo ainda marcado pela incerteza e um crescimento menor ao esperado para as economias do Brasil e México, as maiores da região.
Para o México, a expectativa é de alta de 3%. Além disso, a agência reduziu a previsão de crescimento para a Argentina a 1% em 2014, após o país adotar "no início do ano diversas medidas de impacto contracionistas para enfrentar os desequilíbrios surgidos nos últimos anos." Para o Chile e Colômbia, a estimativa de alta do PIB em 2014 é de 3,7% e 4,5%, respectivamente. Dado o ambiente econômico complexo na Venezuela, a Cepal informou que resultará em contração da atividade do país em 0,5%.
A nova estimativa para a região (alta de 2,7%), entretanto, é ligeiramente melhor que a expansão de 2,5% registrada pela região em 2013. A comissão observou que a recuperação dos Estados Unidos terá impacto positivo sobre as economias mais próximas, especialmente do México e da América Central, dada a sua importância como parceiro comercial. Em contraste, a demanda por produtos básicos, especialmente alimentos e mineração, continuará limitada.
E somado à valorização das moedas dos países desenvolvidos, os preços devem cair moderadamente, afetando economias exportadoras, como as dos países sul-americanos. Em relação ao financiamento para a região, a Cepal informou que a perspectiva é de cenário de menor liquidez global, levando a grandes desafios na política macroeconômica e de financiamento externo para a região. Sobre a inflação, a entidade informou que não são esperadas alterações marcantes, mas a média regional deve subir devido a mudanças na medição na Argentina, com aumento moderado dos preços de diversos países e altas taxas na Venezuela.
Fonte: G1 ECONOMIA