x

Novo Simples em semana decisiva de reflexões

Em meio a ressalvas do setor produtivo, Câmara deve votar destaques antes de a matéria chegar ao Senado

13/05/2014 10:19

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
Novo Simples em semana decisiva de reflexões

Reperkut

Aprovado na última quarta-feira pela Câmara dos Deputados, o texto-base do Projeto de Lei Complementar221/2012, do deputado Vaz de Lima (PSDB-SP), que universaliza o acesso do setor de serviços ao Supersimples, tem levantado o debate acerca dos reais benefícios que a legislação trará às micro e pequenas empresas.

Em vigor desde 2007, o então ‘Simples Nacional’ unificou oito tributos federais, com alíquota global variável de 4% a 17,42% sobre a receita bruta, dependendo da atividade e do faturamento da empresa.

Se, por um lado, mais 140 atividades entrarão na sistemática e o critério para inscrição passará a ser exclusivamente ofaturamento anual – atualmente R$ 360 mil para as microempresas e R$ 3,6 milhões para as pequenas –, por outro, o texto do relator Cláudio Puty (PT-PA) criará uma nova tabela para serviços, com alíquotas que variam de 16,93% a 22,45%.

Histórico defensor da simplificação tributária,  o presidente da Seteco Consultoria Contábil, José Maria Chapina Alcazar,  revela cautela ao analisar o  texto-base. “As alíquotas são elevadíssimas e o projeto, na prática, não é desburocratizante”, argumenta o empresário.

Presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP) entre 2007 e 2012,  ele justifica sua preocupação. “O fato de criar uma única guia que consolida os tributos não se traduz em simplificação, pois ainda será necessário realizar complexos cálculos e preencher diversas tabelas, serviços que exigem metodologia e controles rigorosos como os que já existem hoje. A ilusão poderá sair caro”, ressalta.

Embora pense de forma semelhante  em relação às altas alíquotas desta nova versão do Simples, o administrador de empresas e  auditor Edgar Madruga acredita que o projeto dá um pequeno passo rumo à simplificação e desburocratização de procedimentos e a administração geral dos tributos.

Coordenador do MBA em Contabilidade e Direito Tributário do Instituto de Pós-Graduação (IPOG), o estudioso observa que o texto-base traz também benefícios indiretos, como a participação privilegiada das micro e pequenas empresas nas licitações públicas.

“Previa-se inicialmente  o fim da Substituição Tributária, mas a versão final do projeto passou a incluir uma lista de setores que permanece sujeita a este mecanismo. Não é o ideal,entretanto, a medida diminui os segmentos obrigados, mantendo entre eles os de combustíveis e lubrificantes, cigarros e fumo, farinha de trigo e cimento”, acrescenta.

Nesta semana, os destaques – pedidos feitos por deputados ou líderes de partido para votaremendas ou partes do texto  em separado  –devem ser analisados, antes do envio da matéria ao Senado.

Fonte: REPERKUT para o Portal Contábeis

Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.