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Perfil do segmento mudaria radicalmente

O pacote de medidas que deverá ser anunciado nesta segunda-feira pelo governo federal poderá mudar radicalmente o perfil do mercado de capitais no Brasil

16/06/2014 08:18

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Perfil do segmento mudaria radicalmente

O pacote de medidas que deverá ser anunciado nesta segunda-feira pelo governo federal, que trará medidas como desoneração do Imposto de Renda (IR) para o investidor que comprar papéis de pequenas e médias empresas, poderá mudar radicalmente o perfil do mercado de capitais no Brasil, segundo avaliação do presidente do Instituto Mineiro de Mercado de Capitais (IMMC), Paulo ngelo Carvalho de Souza.

Ele explica que, atualmente, as ofertas iniciais de ações no Brasil giram em torno de R$ 500 milhões, realizadas por companhias de grande porte. Com os incentivos, ofertas entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões poderão se tornar comuns no mercado de capitais no Brasil. Com isso, Souza diz que ocorrerá uma mudança radical. "As medidas irão colocar dezenas de empresas de médio porte nesse mercado", afirma.

Souza explica que as medidas que serão anunciadas foram elaboradas após discussões que envolveram diversas entidades. Entre elas está a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o IMMC, entre outros.

Conforme ele, um grupo vistou as principais bolsas no planeta para avaliar mecanismos a serem utilizados no país. "Enquanto no Canadá são 2 mil empresas listadas em bolsa, no Brasil, há apenas 350 empresas", diz.

O governo deverá também acabar com o come cotas em fundos de renda fixa. O mecanismo compreende a antecipação de IR sobre os ganhos da aplicação, reduzindo o número de cotas dos investidores.

Apesar disso, o presidente do instituto ressalta que para atrair investidores ao mercado de capital o governo deverá também garantir segurança jurídica. "Tem que para de mexer nas regras do jogo", afirma. Ele lembra que mudanças constantes resultam em insegurança e perda de credibilidade para o país.

Recursos - Com a maior facilidade para entrar no mercado de capitais, as empresas de menor porte terão uma nova forma para obter recursos para dar andamento aos seus projetos e evitar as taxas elevadas de juros em linhas de financiamento em bancos.

O economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Guilherme Veloso Leão, explica que para conseguir acessar às linhas de financiamento de instituições bancárias, as empresas dependem de ter patrimônio para dar como garantia e de seu nível de endividamento. Já na bolsa, os empreendedores devem apresentar bons projetos para captar recursos.

Porém, o economista ressalta que as empresas que pretendem abrir capital devem estar capacitadas para tal finalidade. Ele lembra que pontos como transparência e boa gestão são avaliadas pelos investidores antes de comprar os papéis.

Por Rafael Tomaz

Fonte: Diário do Comércio – MG

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