SÃO PAULO - A fabricante americana de alimentos General Mills, dona da Yoki no Brasil, alcançou lucro líquido atribuível a controladores de US$ 404,6 milhões em seu quarto trimestre fiscal, encerrado em maio.
O resultado representou uma alta de 10,5% na comparação com o mesmo período do exercício anterior e foi reforçado por um movimento de controle de gastos.
A receita líquida do grupo, no entanto, caiu 2,9% sobre as mesmas bases e chegou a US$ 4,28 bilhões. De acordo com relatório da administração que acompanha o balanço, dois pontos percentuais dessa baixa vieram com o efeito cambial desfavorável de suas operações internacionais — apesar de maior volume de vendas e aumentos de preços.
Grande parte do peso que as moedas estrangeiras trouxeram ao resultado foi causada pela desvalorização do bolívar venezuelano. No entanto, moedas como o real também perderam valor e impactaram o faturamento. No total, a receita internacional caiu 6,8% no trimestre.
O problema é que a maior área da companhia, a de varejo nos Estados Unidos, também vendeu menos. O faturamento local foi de US$ 2,44 bilhões, ou 1,4% a menos do que um ano antes. A americana conseguiu, por outro lado, elevar sua eficiência e reduzir despesas gerais e administrativas em 6,7%, para US$ 865,9 milhões. Ganhos de vendas de ativos de US$ 65,5 milhões também contribuíram para o balanço.
Com o resultado, o ano fiscal de 2014 terminou com queda de 1,7% no lucro líquido para a empresa, considerando também a parcela atribuível a controladores. O montante foi de US$ 1,82 bilhão. A receita teve leve alta de 0,8%, para US$ 17,91 bilhões.
“O maior objetivo para o novo ano fiscal [que termina em maio de 2015] é acelerar o crescimento de nossa receita”, afirmou Ken Powell, presidente da General Mills. A expectativa é que o faturamento suba cerca de 5% no exercício, já excluído o efeito cambial. Já o avanço do lucro “ajustado” é esperado em até 10%.
Fonte: Valor Econômico