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As oportunidades na economia circular

Conheça os quatro fatores que podem ajudar a empresa a fechar o ciclo da sustentabilidade

01/07/2014 08:35

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As oportunidades na economia circular

A empresa Whrilpool planeja ter sua primeira unidade de produção "zero resíduos" até 2014. Segundo o Valor Econômico, hoje a fábrica de Joinville já consegue destinar 94% dos resíduos da produção e 80,7% dos materiais de refrigeradores recolhidos por logística reversa. Empresas líderes estão em busca por soluções, porém, as ações, em sua maioria, ainda enfocam apenas na "destinação adequada" dos resíduos. Na matéria, lamenta-se que no Brasil apenas 3% do volume colocado no mercado volte ao fabricante, e parte-se em busca de empresas que detenham tecnologias capazes de reaproveitar materiais específicos do recolhimento pós uso. 

No último Fórum Econômico Mundial em Davos, o relatórios intitulado "Towards the Circular Economy " calcula US$ 380 bi em negócios não explorados apenas para a Europa. Elaborado pela Fundação Ellen McArthur e McKinsey & Company, aponta casos e análises financeiras das oportunidades no sistema batizado de "Economia Circular", um modelo capaz de desacoplar o crescimento econômico da geração de resíduos. O relatório destaca quatro fontes de criação de valor para modelos de negócios onde as iniciativas de "fechar o ciclo" dos produtos podem ser muito rentáveis: manutenção, redistribuição, remanufatura, e reciclagem. 

No caso de eletrodomésticos, há oportunidades para as empresas envolvidas em toda cadeia produtiva. Resumindo, um mesmo produto tem o potencial de ser comercializado inúmeras vezes, multiplicando a geração de receitas. A nova lógica para que tudo isso tenha sucesso é a oferta dos "serviços do produto", ou seja, comercializar a performance do uso do produto e não simplesmente a sua posse. Para isso, são necessárias estratégias mais agressivas para inovar a relação cliente-fabricante: explorar novos modelos comerciais focados no serviço que o produto realiza ao cliente, transformar técnicos de manutenção em "consultores de venda", envolver parcerias com grandes cadeias varejistas, aumentar o relacionamento com clientes, planejar a manutenção para redistribuição em múltiplos ciclos de uso e perpetuar a experiência positiva com diversas camadas de consumidores. 

Na China, a TCL, uma das maiores empresas de aparelhos eletrônicos, acaba de iniciar um projeto piloto que está envolvendo investimentos recordes para reciclagem de eletrodomésticos do país, com uma taxa média de re-comercialização de 85-90%ou superior. A TCL declara que passou a ser a primeira empresa chinesa a criar uma Economia Circular para a cadeia produtiva de eletrodomésticos. 

A nova fronteira para a remanufaturação é o redesenho de produtos com enfoque na sua performance e não na posse, e linhas de produção dedicadas a atualizações em performance tecnológica e estética. Literalmente, o consumidor não "consome", apenas utiliza o produto enquanto este provê o serviço que lhe interessa. Afinal, de fato não se vende uma máquina de lavar, mas sim a função da lavagem de roupas. 

Segundo o relatório da McKinsey, uma nova indústria "Cradle to Cradle" irá criar eco-sistemas industriais e centrais de "reserva de materiais", fundamentalmente redesenhando os produtos para desmontagem e promovendo a diversificação de tipos de contratos de vendas. Estima-se que se as lavadoras fossem comercializadas por "contrato de uso", ao invés de simplesmente vendidas, seriam acessíveis a um público maior e gerariam três vezes mais receitas por produto fabricado. 

Como a sua empresa poderia se beneficiar de um processo assim? 

Ana Ester Rossetto

Fonte: endeavor 

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