Se considerarmos os últimos doze meses, o índice IPCA está em 6,52%, acima dos 6,37% relativos aos doze meses anteriores e 0,02% acima da meta estipulada pelo governo, de 6,50%. Em junho de 2013 a taxa de aumento foi de 0,26%.
Em desaceleração pelo terceiro mês consecutivo, o grupo Alimentação e Bebidas foi de 0,58% em maio para -0,11% em junho, o menor resultado desde julho de 2013 (-0,33%). Os alimentos consumidos em casa chegaram a apresentar queda de 0,60% em junho, ao passo que, em maio, tiveram alta de 0,41%. Parte dos produtos passou a custar menos e teve variação reduzida, destacando-se entre eles a batata-inglesa (-11,46%) e o tomate (-9,58%), que apresentaram os mais fortes impactos recuos, com -0,03 ponto percentual cada.
Os alimentos consumidos fora de casa (de 0,91% em maio para 0,82% em junho) apresentaram resultados abaixo do mês anterior, com destaque para a refeição (de 0,96% para 0,75%), refrigerante (de 1,29% para 0,51%) e cerveja (de 0,34% para 0,01%).
Não foi apenas o grupo Alimentação e Bebidas que reduziu de um mês para o outro. Excetuando-se apenas os Transportes e Despesas Pessoais, os demais grupos apresentaram resultados mais baixos em junho.
Nas despesas com Habitação houve redução de 0,61% em maio para 0,55% em junho, mesmo com expressivas altas na taxa de água e esgoto (0,95%), aluguel residencial (0,84%) e artigos de limpeza (0,92%). Isso porque a energia elétrica passou de 3,71% em maio para 0,13% em junho, tendo em vista as quedas de 3,76% no Rio de Janeiro, 1,07% em Belo Horizonte e 1,35% em Brasília. O resultado da água e esgoto deu-se em função das altas ocorridas nas regiões metropolitanas de Salvador (5,67%), com reajuste de 7,80% desde 6 de junho, e Belo Horizonte (2,79%), com reajuste de 6,18% concedido em 13 de maio.
Saúde e Cuidados Pessoais ficou em 0,60% em junho, após os 0,98% do mês anterior, já que deixou para trás os reflexos do reajuste de 31 de março nos preços dos remédios (de 1,47% em maio para 0,29% em junho).
Destacam-se, além dos grupos anteriores, fortes reduções nas taxas de crescimento dos Artigos de Residência (de 1,03% em maio para 0,38% em junho) e de Vestuário (de 0,84% em maio para 0,49% em junho). Os outros dois grupos que também se apresentaram abaixo do mês anterior, completando sete dos nove pesquisados, foram Comunicação (de 0,11% para -0,02%) e Educação (de 0,13% para 0,02%).
Por outro lado, com a Copa do Mundo no Brasil, as diárias dos hotéis aumentaram 25,33% e levaram o grupo das Despesas Pessoais a 1,57% em junho (0,80% em maio), configurando tanto a maior variação quanto o principal impacto de grupo (0,17 ponto percentual).
Da mesma forma, com a Copa, as tarifas aéreas ficaram, em média, 21,95% mais caras e, com isso, o grupo dos Transportes foi para 0,37%, após ter registrado queda de 0,45% em maio, mesmo com o litro do etanol e da gasolina mais baratos em 3,42% e 0,72%, respectivamente. Destaca-se, ainda, a variação de 0,58% nas tarifas dos ônibus urbano, ante 0,72% no mês anterior. O resultado de junho se deve às regiões de Belo Horizonte (2,52%), com reajuste de 7,54%, em 10 de maio; Belém (5,73%), com reajuste de 9,09%, em 19 de maio; e Goiânia (0,72%), com reajuste de 3,70% em 3 de maio.
Assim, diárias de hotéis, com 0,11 ponto percentual, aliadas às tarifas aéreas, com 0,09 ponto, lideraram o ranking dos principais impactos. Juntas, se apropriaram de 0,20 ponto percentual e foram responsáveis pela metade do IPCA do mês.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (0,71%), onde as diárias dos hotéis, com alta de 32,69% e peso de 0,94%, exerceram impacto de 0,31 ponto percentual no resultado. O menor índice foi o de Belém (0,21%), em virtude da queda de 0,56% nos alimentos consumidos em casa.
INPC variou 0,26% em junho
O índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,26% em junho e ficou abaixo do resultado de 0,60% de maio em 0,34 ponto percentual. Com isso, o primeiro semestre do ano fechou em 3,79%, 0,49 ponto percentual acima da taxa de 3,30% relativa ao primeiro semestre de 2013. Considerando os últimos doze meses, o índice está em 6,06%, abaixo dos 6,08% relativos aos doze meses anteriores. Em junho de 2013, o INPC foi de 0,28%.
Os alimentos apresentaram queda de 0,14% em junho, enquanto para os não alimentícios houve alta de 0,44%. Em maio, os resultados foram de 0,64% e 0,59%, respectivamente.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Salvador (0,50%) onde a taxa de água e esgoto apresentou alta de 5,66% em função do reajuste de 7,80% em vigor de 6 de junho e da energia elétrica (4,42%) refletindo o restante do reajuste de 14,69% de 22 de abril. O menor índice foi o de Curitiba (-0,07%) em virtude da queda 0,50% nos preços dos alimentos consumidos em casa além da queda de 3,49% nos preços da gasolina e de 4,47% nos do etanol.
Fonte: DCI