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Só reformas trarão um PIB maior para o Brasil

Foram tantas as vezes em que se anunciou a reforma tributária que a maioria das pessoas pouco acredita que isso se torne realidade

15/07/2014 08:41

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Só reformas trarão um PIB maior para o Brasil

Só reformas trarão um PIB maior para o Brasil

Foram tantas as vezes em que se anunciou a reforma tributária que a maioria das pessoas pouco acredita que isso se torne realidade. Seria bom para todos, contribuintes, consumidores, empresários e as três esferas de poder do Brasil, União, estados e municípios. Apesar do sucesso da Copa do Mundo, os principais analistas econômicos, inclusive bancos, continuaram rebaixando suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2014. Isso é profundamente lamentável, porque vem no rastro do que se verifica desde o final de 2013, a desaceleração das atividades industriais e da balança comercial. Um nível maior e mais sustentado de crescimento econômico em países emergentes como o Brasil vai exigir um esforço para reformas estruturais, dando mais peso ao mercado interno como motor da atividade. É o que concluiu um estudo dos economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

No curto prazo, o crescimento dos países desenvolvidos deve garantir maior demanda por produtos dos emergentes. O estudo destaca que depois de serem estrelas de crescimento econômico, os emergentes estão amargando taxas decepcionantes, não só abaixo dos níveis pós-crise financeira mundial, mas também piores que os patamares na década pré-crise. O Brasil é citado, com a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) reduzida em 2,75 pontos percentuais desde 2010/2011, para mero 1,2%.

Como parte desta desaceleração é por conta de fatores cíclicos, o estudo diz que a recuperação esperada para os países avançados, como os Estados Unidos da América (EUA), deve ajudar os emergentes, na medida em que os mercados desenvolvidos demandarão mais exportações. A previsão, porém, é de que os fatores que ajudaram os emergentes a ter crescimento forte nos anos 2000 não devem se repetir nos próximos anos. Entre estes fatores estão a alta dos preços das commodities e as condições favoráveis no mercado financeiro. O ambiente externo tende a oferecer menos estímulo à expansão dos emergentes. Uma das razões é a mudança da política monetária nos EUA, que deve elevar os juros em 2015, encarecendo os custos globais de captação de recursos para empresas e governos.

Nesse cenário, uma das recomendações é que os emergentes – Brics no meio, especialmente - reorientem os motores do crescimento, com peso mais forte para o mercado doméstico.

Um crescimento sustentado vai precisar de uma ênfase renovada em reformas estruturais, uma obviedade. Os governos de países como Brasil, Turquia e China precisam identificar reformas para remover gargalos na infraestrutura e aumentar a produtividade. As reformas são necessárias para reorientar os catalisadores do crescimento, que na economia brasileira e turca é muito dependente do consumo e, na chinesa, do investimento.

O Brasil tem que dar mais peso ao investimento. Um rebalanceamento interno é necessário para reorientar a economia para modelos de crescimento sustentáveis. As mudanças estruturais no passado ajudaram os emergentes a conseguir acelerar o avanço nos anos 2000. Mas, não se pode subestimar a dificuldade das mudanças, em muitos casos por falta de consenso político.

Fonte: Jornal do Comércio - RS

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