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Funcionária Que Teve Cancêr Processa Empresa Por Ter Sido Transferida 18 Vezes Depois Retornou

Perseguição efetuada por superiores a funcionários que se afastam da empresa por algum motivo de doença ou tratamento e permanecem longo período fora. Caso ocorreu com o banco Itaú que foi condenado a pagar danos morais no valor de R$ 160.000,00

16/07/2014 13:13

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Funcionária Que Teve Cancêr Processa Empresa Por Ter Sido Transferida 18 Vezes Depois Retornou

Funcionária Que Teve Cancêr Processa Empresa Por Ter Sido Transferida 18 Vezes Depois Retornou

É comum nos depararmos com situações em que funcionários se sentem inseguros de solicitar aquelas férias que estão acumuladas ou aquele período de afastamento para tratar de alguma doença. Esta insegurança ocorre porque muitas vezes as empresa não sabem lidar com esta situação e o funcionário fica com receio de perder seu emprego em seu período ausente.

Devido a esse medo acaba se sujeitando a imposições que ferem completamente os direitos do trabalhador. Mas um caso semelhante chamou a atenção essa semana relacionado a uma empresa mundialmente conhecida, o banco Itaú.

O Itaú Unibanco S/A terá de indenizar uma funcionária que sofreu 18 transferências e foi rebaixada de função ao retornar ao trabalho após nove meses de licença para tratar um câncer de mama. De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), a bancária receberá R$ 160 mil por dano moral. O banco tentou reduzir o valor da indenização, que era inicialmente de R$ 50 mil, mas o órgão decidiu elevar a condenação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região (MG).

Segundo o TST, a funcionária teria sido admitida em 1979 como escriturária, foi caixa e depois gerente operacional, até ser demitida em 2011. Nos últimos quatro anos de contrato, disse ter sofrido perseguições da chefia. A licença para tratamento do câncer ocorreu em 2006. Em fevereiro 2007, quando retornou, foi transferida para Governador Valadares.

Na reclamação trabalhista, ela afirma que "implorou à chefia" para não ir, devido à necessidade de estar próxima da família, mas não foi atendida. A partir daí, segundo ela, as perseguições aumentaram: foi rebaixada de função e deslocada para várias cidades da região, cobrindo férias de funcionários de agências pequenas, sempre como caixa. De 2008 a 2011, a funcionária diz ter sofrido 18 transferências. Após ouvir depoimentos de testemunhas, a Justiça concluiu que o Itaú descriminava empregados que ficavam afastados por longo período.

Contra a sentença, as partes recorreram ao TRT (MG). A bancária queria aumentar o valor da indenização e o Itaú queria ser absolvido. O Regional constatou que houve "verdadeiro abuso do poder diretivo" por parte do banco, e elevou para R$ 160 mil o valor da indenização. Para este caso, não cabe recurso.

Em resposta à Época NEGÓCIOS, o Itaú afirmou que não irá se manifestar sobre o caso.

Fonte: Época Negócios

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