x

Com Selic mantida, juros de mercado devem se estabilizar

Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros (Selic) no mesmo patamar de 11%, a expectativa é de que as taxas praticadas no mercado também se acomodem.

21/07/2014 15:42

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
Com Selic mantida, juros de mercado devem se estabilizar

Com Selic mantida, juros de mercado devem se estabilizar

Segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), as taxas de juros anuais das linhas crédito para pessoas físicas avançaram de 88,47% para 101,98%, no período de março de 2013 a junho deste ano, uma variação de 15,27%. Já a variação mensal foi de 5,42%, em março do ano passado, a 6,03%, em junho deste ano, um aumento de 11,25%.

Para Andrew Storfer, diretor executivo da Anefac, os juros do mercado já absolveram os últimos aumentos da Selic. "Acredito que agora atingimos um patamar de acomodação. A tendência é entrar em um processo de estabilização", prevê.

Pela décima terceira vez seguida, as taxas de juros das operações de crédito avançaram. Segundo pesquisa da Anefac, a variação da taxa média mensal para pessoa física em junho aumentou 0,05 ponto percentual, em relação a maio (5,98%), e ficou em 6,03% no último mês. Para pessoa jurídica, houve alta de 0,03 ponto percentual, passando de 3,41% para 3,44% em junho. Essa é a maior taxa média de juros para empresas desde julho de 2012.

Segundo Storfer, essas variações não foram pautadas somente pelos altos índices da Selic. "Se pegarmos como parâmetro o spread bancário, principalmente, vemos como as taxas de juros estão extremamente altas. Porém, elas não são influenciadas apenas pela taxa básica de juros, mas também pelos custos administrativos, tributos e riscos envolvidos. Portanto, existem outros aspectos que influenciam suas variações", diz.

O especialista atribui as elevações sofridas pelas taxas de juros para crédito nos últimos meses ao aumento da inadimplência e ao cenário econômico nacional com expectativa de piora nos índices de inflação e de crescimento econômico. "Mesmo com a estabilização dessas taxas nos próximos meses, o consumidor continua sofrendo, pois o PIB está crescendo pouco e a inflação crescendo muito. A tendência é de que renda cresça menos do que todos custos que estão se somando a ela, ou seja, a inflação está comendo a renda disponível do consumidor. Por isso se forma uma bola de neve em suas dívidas", afirma.

Fonte: Brasil Econômico

Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.