Os bancários do Rio seguiram a orientação do Comando Nacional e rejeitaram a proposta dos bancos, aprovando em assembleia na última quinta-feira, 25, greve nacional por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, 30, e o calendário nacional. Na segunda, 29, tem nova assembleia também na Galeria dos Empregados do Comércio, a partir das 18h, para deflagrar e organizar a greve.
Na abertura, os bancários realizaram um minuto de silêncio em homenagem ao sindicalista Dirceu Travesso, morto no último dia 16, vítima de um câncer.
Impasse nos bancos públicos
Os bancários rejeitaram por unanimidade a proposta da Fenaban. Nas mesas específicas dos bancos públicos, realizadas na quarta-feira (24), também não houve avanços, levando os funcionários do Banco do Brasil e os empregados da Caixa Econômica Federal a entrarem com tudo na aprovação da greve nacional.
"A direção da Caixa fez uma proposta muito abaixo de nossas reivindicações, não quer seguir um índice maior para o piso que contemple todas as carreiras profissionais e empregados e se limita a dizer que vai seguir a Fenaban na questão do reajuste e das demais cláusulas econômicas. Por isso rejeitamos a proposta e defendemos a greve", disse o diretor da Fetraf RJ/ES (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Ricardo Maggi.
O secretário-geral da Contraf-CUT Carlos de Souza criticou a postura da direção do BB na mesa de negociação. "O banco desrespeitou o funcionalismo só apresentando proposta no último dia 24, após muita pressão dos sindicatos. A empresa não acompanha sequer a proposta da Fenaban de índice superior para os pisos e nem avaliou itens importantes como PCR (Plano de Carreira e Remuneração), PCS (Plano de Cargos e Salários) e melhorias nas condições de trabalho. Por isso, rejeitamos a proposta e vamos para uma forte greve nacional", ressalta.
Mais informação para você - A partir desta terça (30), o Jornal Bancário circulará diariamente para melhor informar a categoria durante o período de greve e de definição da campanha salarial.
Ato no BC e no BB
A presidenta em exercício do Sindicato convocou a categoria para participar da greve, na assembleia desta segunda, 29, ato no Sedan-BB no dia 29 e do ato em frente à sede do Banco Central, na quinta-feira, dia 2 de outubro. "A próxima assembleia é deliberativa e também importante para a categoria. Precisamos mostrar nossa unidade e força já no início do movimento.
No dia 2 de outubro, numa manifestação aberta a toda a população, vamos defender um BC sobre o controle do Estado e não autônomo, nas mãos dos banqueiros, como defende uma certa candidatura", afirma.
Fonte: Bancários Rio
