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Estudo afirma que sobrecarga de e-mails no trabalho aumenta o estresse

MAIS DE 90% DAS PESSOAS COM RESPONSABILIDADES NAS EMPRESAS ACREDITAM QUE O FLUXO DE INFORMAÇÃO QUE ADMINISTRAM É EXCESSIVO

14/10/2014 09:58

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Estudo afirma que sobrecarga de e-mails no trabalho aumenta o estresse

O excesso de e-mails nas empresas está relacionado com o aumento de estresse dos trabalhadores, assim como com a perda de produtividade das companhias, alerta um estudo elaborado pela Universidade Católica de Louvain, na Bélgica.

“O excesso de emails e de informação em geral acarreta riscos sociais e psíquicos para os empregados e empobrece a empresa”, disse nesta segunda-feira a professora responsável pela pesquisa, Caroline Sauvajol-Rialland.

Os spams, “newsletters” e as mensagens eletrônicas internas contribuem para a saturação dos trabalhadores que, ao chegar a cada dia no trabalho, precisam organizar todos as informações. A pesquisadora adverte que o fenômeno da “infobesidade”, termo popularizado em 1970 pelo escritor americano Alvin Toffler em seu romance de “Future Shock”, representa uma ameaça tanto para a qualidade de vida dos trabalhadores como para a produtividade das empresas.

Segundo Caroline, mais de 90% das pessoas com responsabilidades nas empresas acreditam que o fluxo de informação que administram é excessivo. Deste total, 70% admitem que estão saturados de manejar tais dados.

A “sobrecarga de informação” provoca, além disso, interrupções a cada sete minutos aproximadamente, e cada trabalhador usa 30% de sua jornada de trabalho em atender chamadas ou responder e-mails que cada vez exigem mais imediatismo, de modo que o próprio empregado contribui para o aumento de troca de informação, explicou Caroline. “Se um trabalhador passa tanto tempo administrando as mensagens, essa atividade pode chegar a se sobrepor à atividade principal da empresa”, disse.

Nesse momento, as novas tecnologias criadas para tramitar de maneira mais simples e eficaz o fluxo de informação estariam tendo o efeito contrário. “Algumas empresas oferecem treinamento especial para seus funcionários sobre como usar novas tecnologias para gerenciar de forma eficiente a informação“, afirmou Caroline.

Algumas empresas, inclusive, chegaram a propor que seja proibido receber e-mails no período pós-trabalho. “É preciso reconhecer o direito ao intervalo”, defende a pesquisadora, para quem o uso de computador ou outros dispositivos móveis para receber mensagens da empresa fora do horário de trabalho “aumenta o estresse” e “mina” a produtividade da companhia.

Motivação

Uma pesquisa recente do Hay Group mostrou que a falta de motivação também é motivo de estresse. O levantamento aponta que, em média, 14% dos empregados trabalham frustrados porque não foram recompensados por suas realizações. Esse índice chega a atingir 28% em algumas companhias. “Se você aumenta o grau de desempenho das pessoas, gera nelas uma grande expectativa”, explica Elton Moraes, consultor do Hay Group. “Se ele não é atendido, isso causa uma grande frustração. Ou esse funcionário entra no estado de estagnação, ou deixa a empresa”, conta Moraes.

Segundo o especialista, antes, principalmente com a entrada no mercado de trabalho da geração Y, a maior lacuna observada nas empresas era o comprometimento. Agora, as pessoas que foram estimuladas a fazerem algo diferenciado gostariam de ser reconhecidas por isso – o que nem sempre acontece. “Ele quer continuar mais tempo na empresa, se ela reconhecê-lo pelo desempenho e pelo que está trazendo para a organização.”

A pesquisa, feita com 620 mil respondentes em mais de 130 empresas (nacionais e multinacionais), mostrou que apenas 42% das pessoas concordam que quanto melhor seu desempenho, melhor serão suas oportunidades de recompensas. Nas companhias com melhores práticas, esse índice sobe para 74%.

Outras conclusões do estudo, mostram que, novamente, a bola está com os líderes. Entre os respondentes, apenas 42% concordam que recebem regularmente o feedback de seu gestor sobre o seu trabalho, 53% percebem que ele aconselha os empregados em seu desenvolvimento profissional e 49% afirmam que os líderes sabem ouvir as ideias dos funcionários e ajudá-los a colocá-las em prática.

*Com informações da EFE

Fonte: Época Negócios

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