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Qual é o salário justo para você?

Motivar um executivo com salário que ultrapassa cinco dígitos é fácil, mas o grande desafio do circuito brasileiro de desenvolvimento humano é estimular profissionais que recebem salário mínimo.

15/10/2014 12:57

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Qual é o salário justo para você?

Qual é o salário justo para você?

Nenhum órgão de pesquisa seria capaz de informar o número de brasileiros acima de 30 anos que jamais foi ao cinema ou leu uma obra digna de mudar o rumo de sua vida.

Executivos já experimentaram a motivação de diversas maneiras. Viajaram para outras nações, sentaram-se em cadeiras acadêmicas, conheceram clássicos do mundo inteiro através de livros, teatro ou música, discutiram em rodas intelectuais e após avançar na carreira, receberam a incumbência de motivar um pequeno exército de vice-presidentes, diretores e gerentes.

Por sua vez, este segundo batalhão lidera a grande massa de trabalhadores.

Como o conhecimento hierarquizado deveria representar a justa régua da economia e da sociedade, então, em tese, estaria tudo bem: executivos doutrinariam e motivariam seus subordinados, que em seguida transfeririam aos menos afortunados, cultural e economicamente, o aprendizado de uma vida.

Na prática, isso não tem acontecido!

Quando os salários ultrapassam cinco dígitos, muitos executivos supõem que “ralaram” demais para chegar até ali e quem quiser, que siga as mesmas dificuldades que eles passaram. Não ensinam quase nada, afinal a cultura lhes ensinou que não podem dar de “mão beijada”.

Na escala de baixo, líderes dispostos a galgar degraus usam o máximo da resiliência para tornarem-se executivos. Em efeito-vício, quando conseguem, mais uma vez, nada ensinarão.

Já aqueles que não conseguiram serão vistos a lamentar e praguejar o ambiente, a economia ou o sistema. Juntarão todos estes em um único saco e dirão que ali está a mesma farinha.

Enquanto isso, lá embaixo; muito longe desta realidade, estarão os reincidentes que atuam por muitos anos com mesmo cargo e salário. A reação comum, e não estou julgando se é certa ou errada, mas apenas relatando, é a seguinte:

- Chefe não presta;

- Chefe do chefe presta menos ainda.

O fato de contemplar vencedores como inimigos manterá estas pessoas pouco desejosas de experimentar cargos e posições progressivas.

Se almeja atingir uma posição mais elevada, deve antes de obter a vitória, dotar-se da convicção de que conseguirá infalivelmente.

Napoleon Hill (1883-1970)

Não há culpados, mas há abandonados, aqui e ali…

É ínfima a parcela de executivos brasileiros dispostos a presentear seus semelhantes com o conhecimento que adquiriram. Igualmente pequena é a quantidade e paciência dos líderes verdadeiramente dispostos a doutrinar quem insiste na atuação que não engrandece a carreira, a sociedade ou o país.

E é grande, incalculável; esta massa de profissionais disposta a ter ou ganhar resultados financeiros, mas ao mesmo tempo pouquíssimos se dispõem a seguir os passos com disciplina.

Temos, portanto:

executivos que pouco ensinam – líderes que aprendem – líderes que desaprendem – massa que assiste e os dissocia de seu convívio, odiando líderes e executivos;

E se fosse assim?

executivos que muito ensinam  – líderes que aprendem e servem – líderes que repassam – massa que admira e se dispõe a conquistar espaço, substituindo os líderes e executivos de ontem…

Nesta ordem, como você acha que seria o Brasil?

O caminho existe, mas requer adoção imediata:

-  Preocupação genuína dos empresários com as próximas gerações, ao invés de gabarem-se como insubstituíveis;

-  Um chá de percepção para a liderança, afinal muitos ainda não perceberam que somente se tornarão executivos se formarem uma massa admiradora;

-  Desejo ardente da massa por evolução pessoal e profissional, pensando em crescer bem, ao invés de somente ganhar bem.

De cima para baixo e vice-versa, não pode haver antagonismo. O combustível da mudança requer admiração mútua.

Se cada ser humano fizer sua parte, a escassez nunca mais visitará o Brasil, quiçá o planeta.

Ajude a transformar pessoas humildes em extraordinárias, bem como supostos sábios em pessoas humildes. De qualquer maneira, terá feito sua parte…

A escolha, como sempre, é apenas sua!

Por:Edilson Menezes

Fonte: Catho

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