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Estudo aponta que trabalhar muito faz mal à saúde e engorda

A economista Joelle Abramowitz apresentou resultados que mostram que aqueles que trabalham por mais horas tendem a ser mais pesados

17/10/2014 10:01

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Estudo aponta que trabalhar muito faz mal à saúde e engorda

A economista Joelle Abramowitz apresentou resultados que mostram que aqueles que trabalham por mais horas tendem a ser mais pesados

No decorrer do ano passado publicamos uma série de artigos a respeito da jornada de trabalho, muitos dos quais se tornaram populares. Tentamos explicar por que os ricos atualmente trabalham mais do que os pobres e porque jornadas de trabalho mais curtas são melhores para a produtividade.

E quanto ao impacto do tamanho da jornada de trabalho no peso? Um novo estudo escrito por Joelle Abramowitz, economista do US Census Bureau, traz alguns resultados surpreendentes. Aqueles que trabalham por mais horas tendem a ser mais pesados.

Pode haver outros fatores em jogo que signifiquem que pessoas que trabalham bastante apresentam tendência ao sobrepeso - uma coisa pode não ser a causa da outra. Banqueiros viciados em trabalho que têm recursos para agradar clientes em restaurantes chiques tendem a ganhar alguns quilinhos a mais.

Assim, Joelle usa regressões, que permitem a ela controlar uma variedade de outros fatores, como a renda. Os resultados trazem algumas surpresas: aqueles que têm diploma universitário tendem a ser mais magros. 

É um pouco deprimente constatar que o casamento torna as mulheres mais magras e os homens mais gordos.

Ela mostra que, para os trabalhadores de empregos "não-extenuantes" - coisas como secretariado e contabilidade - dez horas adicionais dedicadas ao trabalho por semana foram associadas a um aumento no índice de massa corporal  de 0,4 para as mulheres e 0,2 para os homens. Em média, isso se traduz num aumento de 1,15kg e 635g respectivamente. Não surpreende que, para os trabalhos exigindo esforço físico, o efeito não é observado.

Assim, por que jornadas de trabalho mais longas resultam em aumento de peso? Apenas 20% dos empregos americanos exigem esforço físico, ainda que moderado, sendo que em 1960 essa proporção era de 50%. Naquela época, um décimo da força de trabalho americana estava na agricultura, setor que hoje envolve apenas 1%. Mais tempo na escrivaninha significa menos movimento.

Pessoas ocupadas podem ter menos tempo para preparar refeições de qualidade, optando em vez disso por lanches ou fast-food. Consultores administrativos, por exemplo, tendem a conhecer bem os restaurantes de qualidade que fazem entregas na região. Elas fazem menos exercício. E os viciados em trabalho dormem menos: a falta de sono está ligada ao ganho de peso.

As mulheres ganham mais peso do que os homens, raciocina Joelle, porque tendem a substituir o trabalho por atividades benéficas à saúde, como exercícios. Os homens são bastante sedentários, independentemente do tamanho de sua jornada de trabalho.
Assim, talvez os funcionários de escritório devam acrescentar algo de físico à sua labuta diária. Ficar de pé enquanto trabalha - como já sugerimos no ano passado - é uma opção.

Fonte: Jornal Contábil

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