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Empresários brasileiros são mais abertos ao risco

Pesquisa do Grupo Sage mostra que 61% das PMEs aceitam bem correr riscos no negócio

06/11/2014 09:29

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Empresários brasileiros são mais abertos ao risco

Os pequenos e médios empresários brasileiros são mais abertos ao risco que empresários de países como Estados Unidos, Canadá e Austrália. Pesquisa anual do Grupo Sage, líder mundial em softwares de gestão para pequenas e médias empresas, aponta que 61% dos empresários brasileiros são menos avessos e aceitam correr riscos com o desenvolvimento de seus negócios. No ano passado, o índice era de 56%.
 
O resultado do estudo Business Index coloca o Brasil na segunda colocação do ranking, atrás apenas dos países do Norte da África (Marrocos e Tunísia). A Sage realiza o Business Index desde 2011 e o Brasil nunca deixou de estar entre os mais destemidos. A pesquisa ouviu aproximadamente 14 mil empresários em 18 países. No Brasil, foram 890 entrevistados, de julho a agosto deste ano.
 
“Apesar dos diversos desafios a serem enfrentados, os empresários brasileiros seguem otimistas, especialmente com o mercado externo. Isso hoje reflete na postura mais aberta ao risco apontada pela pesquisa”, afirma Jorge Santos Carneiro, CEO da Sage Brasil.
 
Áustria, Alemanha e Portugal são os mais avessos ao risco. Na média, quase metade dos empresários (49%) descrevem-se como abertos a correr riscos. A Sage constatou ainda que mais de um terço dos empresários (35%) consideram que, nos últimos sete anos, tornaram-se mais avessos ao risco.
 
Apesar da boa relação com o risco, os empresários brasileiros destacaram a estrutura tributária como o principal obstáculo para fazer negócios no Brasil. Os maiores desafios de empreender no País, para 29% dos empresários, são os impostos, seguidos do alto nível de burocracia dos governos, para 27%. 
 
Para os empresários brasileiros, as três atitudes mais importantes que o governo deveria tomar para ajudar no desenvolvimento dos negócios são: redução de impostos (43%), redução da burocracia (18%) e redução da taxa de juros (10%).
 
“A burocracia é um aspecto que precisa ser superado no Brasil. Para exportar é preciso preencher uma grande quantidade de formulários e seguir procedimentos que poderiam ser simplificados”, destaca Jorge Carneiro.
 
Exportação
 
Os empresários brasileiros que têm negócios voltados ao mercado externo acreditam que o governo deveria promover mudanças na legislação e fornecer mais incentivos financeiros. O Business Index mostrou que, para 35% dos consultados, alterar as leis é prioridade. Além disso, 32% pedem mais apoio financeiro. No mundo todo, as duas maiores barreiras para o crescimento das exportações são os custos logísticos (para 30% dos empresários) e o nível de competição nos mercados internacionais (25%).
 
Apesar dos obstáculos, há espaço para otimismo. No Brasil, 66% esperam crescimento da receita vinda das exportações nos próximos 12 meses, aumento médio de 4,3% no volume. O índice brasileiro é superior ao resultado global: 54% dos executivos dos 18 países têm expectativa de aumento das exportações, com crescimento de 3,2%.
 
Para o CEO da Sage, muitas empresas estão sendo criadas agora já com uma visão mais global. “As exportações das PMEs devem crescer”, destaca Carneiro.
 
Os empresários brasileiros esperam expansão do volume de exportações para os dois destinos mais comuns das exportações, Argentina e Estados Unidos.
 
Confiança
 
Os empresários brasileiros estão pessimistas com economia, mas a previsão é de crescimento. O País figura na terceira posição dentre os oito mercados menos confiantes com a situação local, seguindo os executivos da França e África do Sul. 
 
A Sage aponta que, ao mesmo tempo, 72% dos empresários acreditam que seu faturamento deve crescer no próximo ano, maior índice entre os 18 países analisados. O aumento médio de faturamento esperado pelos empresários brasileiros é de 7,3%. 
 
A confiança das empresas de todo o mundo em seus negócios atingiu o maior índice desde a primeira pesquisa, de 2011 — 64,14 pontos, aumento de 2,13 pontos, sendo 100 pontos para o maior índice de confiança. No Brasil, apesar da queda de 1,07 ponto, há o segundo maior nível de confiança nos negócios (70,55).
 
Pela primeira vez, desde a pesquisa inicial, feita em 2011, os empresários dos 18 países estão mais otimistas que pessimistas com as economias locais, ao contrário do Brasil. “Isso mostra que, em média, as empresas sentem que as economias nacionais estão melhorando”, afirma o CEO da Sage. 
 
A confiança dos empresários com a economia local subiu 2,78 pontos e os três países mais confiantes com as economias locais são Polônia, Reino Unido e Cingapura. Os empresários também já acreditam mais na recuperação da economia global — o índice subiu três pontos em relação ao levantamento do ano passado. Os mercados mais confiantes com a melhora da economia global são Irlanda, Reino Unido e Cingapura — o Brasil está na sexta colocação dentre os mais confiantes. Já os mercados mais pessimistas são Áustria, França e África do Sul.
 
Sobre a Sage
 
A Sage fornece para pequenas e médias empresas uma variedade de serviços e softwares para gestão empresarial que são fáceis de usar, seguros e eficientes. O objetivo é ajudar os clientes com contabilidade, folha de pagamento, planejamento dos recursos da empresa, gerenciamento de relacionamentos e pagamentos. Os clientes da Sage recebem orientação e suporte contínuos por meio de uma rede global de especialistas em cada unidade da empresa, que prestam assistência para a resolução de problemas, dando a eles a confiança necessária para conquistar seus objetivos. Fundada em 1981, a Sage entrou na Bolsa de Valores de Londres em 1989 e em 1999 na FTSE 100, índice das cem empresas listadas na Bolsa de Londres com o maior valor de mercado. A Sage tem mais de seis milhões de clientes e mais de 12.700 colaboradores em 24 países, incluindo Reino Unido e Irlanda, Europa Continental, América do Norte, África do Sul, Austrália, Ásia e Brasil. A Sage iniciou operações no Brasil em 2007 com a Sage XRT, de softwares para tesouraria. Em 2012, adquiriu as empresas IOB, Folhamatic, EBS e Cenize.
 
Fonte: Grupo Sage

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