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A importância da produtividade

Se por um lado os investimentos no Brasil estão estagnados na casa dos 18% do PIB, a taxa de investimento da União vem caindo

07/11/2014 08:37

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A importância da produtividade

A importância da produtividade

Como todo empresário sabe muito bem, produtividade é palavra chave para o crescimento. O aumento da produtividade do trabalho, afirma o ex-ministro Delfim Netto, apoiador do Movimento Brasil Eficiente (MBE), depende “fundamentalmente do aumento do capital físico (estradas, portos, energia, equipamentos produtivos, comunicação, tecnologia, etc.) posto à disposição de cada trabalhador que precisa ter qualificação adequada para operá-lo”. Basicamente depende de aumento de investimentos, que por sua vez depende do lucro das empresas e da renda disponível, que mantem uma correlação negativa com a elevação do peso dos tributos.

O MBE conclui que cada ponto percentual a mais na carga tributária compromete meio ponto na taxa de Produtividade Total dos Fatores (PTF), assim reduzindo o PIB Potencial. No período 2002-2011 esta taxa caiu 4,59% no Brasil, contra um crescimento de 21,04% na Coreia do Sul, de 25,75% na Índia e de 35,21% na China.

Relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que ao contrário da China, onde a produtividade do trabalho é elevada e cresce tanto na indústria como no setor de serviços (à taxa de 10% ao ano), no Brasil, na última década, ela caiu na indústria e estagnou no setor de serviços, gerando perda de competitividade da economia. O documento atribui o nosso problema ao alto custo da burocracia, dos impostos e do comércio internacional no país. Segundo a OCDE, quase 70% dos lucros vão para o pagamento de impostos, a mais alta taxa entre os emergentes e mesmo entre países desenvolvidos como Alemanha e EUA, nos quais fica abaixo de 50%.

Se por um lado os investimentos no Brasil estão estagnados na casa dos 18% do PIB, a taxa de investimento da União vem caindo (excluindo o projeto Minha Casa Minha Vida) e se encontra em torno de 1%. Apesar do aumento dos impostos, que vem sendo destinado ao aumento nas despesas.

Isso explica em grande parte porque o Brasil caiu mais quatro posições, para o 54º lugar, entre as 60 nações avaliadas no Índice de Competitividade 2014 do Institute for Management Development (IMD). Nos últimos quatro anos já perdemos 16 posições. As principais razões apontadas para o nosso fraco desempenho são: baixa produtividade, ineficiência do governo (58º lugar) com destaque para burocracia, alta carga tributária, legislação trabalhista e sistema regulatório defasados e corrupção. Recomendam que a redução do custo de se fazer negócios no Brasil deveria ser prioridade do governo. Para manter e ampliar as conquistas sociais.

Por Carlos Schneider

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