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Para começar o ano com o pé direito

É hora de avaliar os caminhos, monitorar e fazer ajustes para executar as metas do próximo ano

05/01/2015 09:08

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Para começar o ano com o pé direito

São Paulo - Depois de um ano marcado por grandes eventos - Copa do Mundo e eleições, além do Carnaval tardio - e pela desaceleração da economia, é hora de traçar estratégias para o próximo ano.

Especialistas, no entanto, alertam que 2015 ainda será um ano de incertezas econômicas e de muitos desafios para o setor empresarial, especialmente para os micro e pequenos empreendedores. "O cenário ainda é incerto para as micro e pequenas empresas para 2015 e o momento, principalmente para o primeiro semestre, é de manutenção e fidelização dos clientes e de qualificação das compras", destaca o coordenador de planejamento da agência Rae,MP, Henrique Santos. "Mas, passados os primeiros meses, o mercado volta a se aquecer", complementa o especialista. "2015 será um ano difícil. A dica é realizar um planejamento cauteloso, tentando equilibrar receitas com despesas", sugere Jimmy Cygler, presidente da Proxis.

Retrospectiva

Antes de definir as metas do próximo ano, é importante repensar o que aconteceu em 2014, os pontos positivos e negativos da empresa e, a partir daí, traçar as metas para 2015. Reunir os profissionais estratégicos e fundamentais para os negócios também ajuda a alcançar os objetivos traçados. A tarefa não é fácil. Mas é necessário que todos os colaboradores estejam engajados nos projetos da empresa. Para isso, defina as metas, objetivos, responsáveis, indicadores e prazos. "Realizar reunião de boarding com os gestores para avaliar os pontos mais defasados, detectar o problema e como resolver de forma harmoniosa. Um departamento pode influenciar no outro positivamente", aconselha Santos.

Também é importante que cada liderança repasse para sua equipe as metas que foram estabelecidas e que, juntos, criem estratégias para alcançar os resultados definidos no planejamento estratégico.

Uma dica dos especialistas é começar avaliando as despesas e receitas da empresa. Para cortar gastos, é fundamental contar com a colaboração de todos os departamentos e fazer uma análise minuciosa de onde é possível reduzir despesas. Também é importante fortalecer o departamento comercial. Neste sentido, traçar estratégias comerciais é fundamental. "Fortalecer as áreas comerciais e reduzir os custos todos os dias são fatores fundamentais para a empresa alcançar bons resultados no próximo ano", avalia Cygler.

Outra sugestão dos especialistas é fazer uma avaliação da satisfação do cliente. Ainda que a empresa não tenha um departamento de marketing, verificar a precificação, os pontos de vendas, a divulgação do produto, a logística e a demanda do cliente são fatores determinantes para o sucesso do negócio.

E mesmo que o momento não seja de investimentos, já que a economia ainda está se recuperando, é importante ficar de olho em oportunidades para o aprimoramento de todo o processo. "Observar tudo o que está ocorrendo a sua volta, mesmo que não seja o momento de investir, é uma atitude e que pode contribuir, e muito, para o negócio. Afinal, quando o mercado melhorar, estarei um passo à frente", comenta Santos.

Estudar a concorrência

Outra estratégia que deve fazer parte do planejamento é ficar de olho na concorrência. Muitas vezes é possível tirar boas ideias apenas observando o que está ocorrendo à sua volta.

Realizar reuniões com concorrentes também pode contribuir para o futuro dos negócios. Juntas, empresas que atuam em setores semelhantes podem ter ideias e ações que ajudem a fortalecer as compras, por exemplo, ou ampliar o rol de clientes.

Saber o que o cliente espera e o que lhe desagrada, aliás, é outro ponto que deve fazer parte deste planejamento estratégico. Uma alternativa é marcar encontros com os clientes, para ouvir o que eles têm a dizer, pode trazer uma contribuição efetiva para o negócio. E, por fim, é sempre bom ter um plano B para contar com uma alternativa caso ocorra algum imprevisto.

Setores

Entre os setores que terão destaque no próximo ano, Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), destaca os segmentos supermercadista, beleza, farmácia e pet shop. "Tudo vai depender, no entanto, do desdobramento da economia. Com a expansão da massa salarial, a tendência é que os supermercados sigam crescendo", diz Alfieri. No caso das farmácias e drogarias, o envelhecimento da população tem levado ao crescimento, enquanto o setor de beleza tem se beneficiado também do aumento do consumo masculino.

Por outro lado, setores que dependem de crédito devem ter um início de ano difícil. Neste quesito, afirma o representante da ACSP, enquadram-se móveis, eletrodomésticos e veículos. "Exceto as novidades tecnológicas, assim como ocorreu neste ano, a tendência é que o ano que vem deve seguir em queda", comenta Alfieri. Para ele, os principais desafios para os micro e pequenos empresários para o próximo ano estarão no crédito, juros e dólar.

"No entanto, como o varejo vai atrás da conjuntura econômica, não há muito como se planejar", destaca o representante da Associação Comercial.

Exportação

A indefinição do câmbio - que ainda passa por altos e baixos devido à insegurança em relação à conjuntura internacional - ainda causa preocupação para as exportações brasileiras.

"O exportador tem sentido a perda da competitividade no mercado internacional e todos os problemas enfrentados pelo setor - como a questão do câmbio e burocracia, por exemplo - não parece que vão encontrar solução a curto prazo", destaca o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Fabio Faria. Para ele, o desafio é reduzir os custos e ser competitivo no mercado internacional. "O problema é que isso não depende só da empresa, mas de uma série de fatores", avalia o vice-presidente, ao lembrar que o câmbio, por exemplo, tem sido mais favorável às importações do que às exportações.


Por Gimara Santos

Fonte: DCI-SP

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