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Escalada do dólar impacta dívida de empresas brasileiras, que subiu R$ 61 bi desde junho

A alta histórica do dólar, que nesta semana bateu recordes de valorização desde a criação do Plano Real, já tem reflexos na dívida de 109 empresas brasileiras.

25/09/2015 09:18

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Escalada do dólar impacta dívida de empresas brasileiras, que subiu R$ 61 bi desde junho

Escalada do dólar impacta dívida de empresas brasileiras, que subiu R$ 61 bi desde junho

A alta histórica do dólar, que nesta semana bateu recordes de valorização desde a criação do Plano Real, já tem reflexos na dívida de 109 empresas brasileiras. Em menos de quatro meses, ela subiu R$ 61,35 bilhões. Segundo levantamento da consultora internacional Economática, entre junho deste ano e a última quarta-feira (23), quando a moeda norte-americana chegou a R$ 4,146, a parcela da dívida tomada em moeda estrangeira por essas companhias subiu de R$ 190,06 bilhões para R$ 251,42 bilhões.

As projeções foram feitas com base nas parcelas das dívidas indexadas à moeda estrangeira em junho, considerando que essas empresas não tomaram novos empréstimos no exterior, nem pagaram qualquer parte do débito durante esses quase três meses. O valor usado para fazer a correspondência entre dólar e real em junho foi R$ 3,10, cotação do dia 30 daquele mês. Em setembro, os economistas usaram a equivalência do dólar a R$ 4,1041.

A Economática ainda constatou que, também em junho, o caixa das 109 companhias somava R$ 138,9 bilhões. O montante era suficiente para arcar com suas dívidas de curto prazo, que vencem nos próximos 12 meses e somam R$ 41,7 bilhões. No longo prazo, os compromissos das companhias em moeda estrangeira equivalem, no dólar cotado a R$ 3,10, a R$ 148,3 bilhões.

De acordo com Einar Ribeiro, gerente de relacionamento da consultora financeira responsável pelo estudo, os cálculos não incluem algumas empresas, como Usiminas, Vale e Petrobras. A computação da dívida em dólar da estatal foi feita separadamente, para não distorcer a amostra. Isso porque, apenas no caso da Petrobras, suas dívidas em moeda estrangeira subiram, entre junho e setembro, R$ 111,2 bilhões. O salto foi de R$ 344,6 bilhões para R$ 455,8 bilhões após a valorização sofrida pela moeda norte-americana neste período.

Segundo Einar, não são todas as empresas brasileiras que publicam seus dados de endividamento na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Dentre as que o fazem, a telefônica Oi, o Grupo JBS, dono da marca Friboi, e a Eletrobras são as que mais dependem de financiamento externo. No período avaliado, a valorização do dólar fez suas dívidas em moeda estrangeira saltarem R$ 10,14, R$ 7,38 e R$ 3,68 bilhões, respectivamente.

A BmfBovespa, que na noite de ontem perdeu o título de maior mercado acionário da América Latina para a Bolsa de Valores do México, também viu seu compromisso em moeda estrangeira subir consideravelmente nos últimos meses – de R$ 1,39 bilhão para R$ 1,84 bilhão, entre junho e setembro. A diferença é de R$ 45 milhões.

Fonte: Jornal do Brasil

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